06/04/2014

DIÁLOGOS COM A JUVENTUDE

Artigo de Flávio Dino

No fim da semana passada, participei de um ótimo encontro com jovens da região tocantina, realizado na cidade de Imperatriz. Ao longo de toda uma manhã, ouvi as ideias, angústias e propostas de mais de 500 jovens da região. Ontem, o encontro foi em São Luís, com jovens da Grande Ilha.
Em Imperatriz, os próprios estudantes foram anotando seus desejos em um painel chamado “Sonhos para o Maranhão”, que ficará em exposição na sede do nosso Partido. Um dos jovens, perguntado sobre quais os sonhos tinha para o Maranhão, respondeu: “TUDO!”.
Achei muito interessante essa resposta porque ela resume bem os anseios da juventude. E assim é mesmo em nossas vidas. Desejamos “tudo”, no sentido que queremos bem-estar para nossa família e um futuro digno para todos os que nos cercam. Em um ambiente estendido, assim também é o que desejamos para toda a sociedade e, realmente, queremos “tudo”: educação, saúde, segurança, emprego e desenvolvimento para nosso estado.

Entre os jovens, esses temas tornam-se ainda mais fortes. Quando olhamos os números de violência no Brasil e, em específico, no Maranhão, nos choca o verdadeiro extermínio de parte importante da população jovem.
Somente em 2011, foram 52.198 jovens assassinados em todo o Brasil. Segundo relatório da Presidência da República, o Maranhão está entre os estados que “observam suas taxas subirem de forma acentuada e descontrolada”. Nos últimos  anos, o índice de assassinatos de jovens maranhenses subiu 153%.
Falei aos jovens da região tocantina e da ilha de São Luís que conheço diversas experiências positivas de redução de crimes violentos, como o Programa Pacto Pela Vida. Em nosso estado, o governo deve assumir um papel de líder de um grande pacto institucional e social de redução de violência e proteção de seus cidadãos. Isso exige ações permanentes e articuladas de várias instituições do Estado, como o Poder Judiciário e o Ministério Público, além das polícias e organizações sociais que trabalham com o tema.
No governo de Pernambuco, essa estratégia obteve grande êxito, chegando mesmo a ser premiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Na Bahia, o mesmo programa foi implantado mais recentemente. E também já se fez sentir na vida dos baianos: houve redução de 7,6% nos crimes contra a vida em 2013. No Maranhão, ao contrário, a violência só cresce, a partir da assustadora força do tráfico de drogas e das quadrilhas.
Outro tema pulsante para os jovens é o da educação. Precisamos fortalecer a UEMA e ampliar o número de universidades estaduais ao longo de todo o território maranhense, a exemplo do que já foi feito em outros estados. Diferentes universidades, com reitores próprios e autonomia financeira para tomarem e executarem decisões.
E também temos de investir na educação profissionalizante. É preciso dar oportunidades a nossos jovens para que possam encontrar vagas no mercado de trabalho, batalhar por uma vida melhor e, ao mesmo tempo, ficar longe das drogas. Nesse campo, nem é preciso dizer que falta muito a construir. Até o início deste ano, o Maranhão era o único estado da federação que não tinha um aluno inscrito no Sisutec (Sistema de Seleção da Educação Profissional e Tecnológica). O fato foi denunciado por deputados da oposição na Assembléia e, só então, o governo estadual se mexeu para aderir ao sistema.
Juntos, temos de buscar e concretizar soluções para as demandas da juventude, criando com nossas mãos o Maranhão mais justo e com mais oportunidades, com que tanto sonhamos.
Que os versos inspirados do maranhense Deusamar Santos, no belíssimo hino “Nossa Linda Juventude”, animem sempre a nossa caminhada: “Voa e diz ao mundo liberdade, pois nada é impossível transformar. A fé, a força e a nossa união, removem ditadores do lugar.” 

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