20/02/2014

Câmara debate instalação irregular de rede elétrica

Foto: O Progresso
            A Câmara Municipal pautou na Audiência Pública desta quinta (20), “Instalações Irregulares de Postes de Alta Tensão no perímetro urbano”. Trata-se da implantação de postes de 22 metros em uma Linha de Transmissão de 69 mil volts, que deverá suprir a demanda de grandes empresas como a Suzano e de outras partes da cidade, ligando as subestações Beira Rio e Santa Rita.
Iniciada em janeiro sem licenciamento, o ato desrespeita a Lei Municipal de Meio Ambiente e traz impactos como a perca de sinal e na mobilidade urbana, como enfatizou Ivanice Lima, presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMMAM). Em consequência, a obra foi embargada e está sendo avaliada pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente (Sepluma) e pelo Ministério Público.

Alguns parlamentares acusaram a Secretaria de ser omissa por não ter realizado o trabalho de fiscalização a tempo. O promotor Jadilson Cirqueira salientou que o crime ambiental não passará despercebido - “A empresa não deixará de ser responsabilizada. Estamos aguardando alguns documentos da Secretária e provavelmente será proposto um Termo de Ajustamento de Conduta”.
Mesmo sem estudos conclusivos sobre as consequências da energia de alta tensão em área urbana, a equipe técnica da Cemar afirma que não há nenhuma influência em relação a doenças e que o risco de acidentes como o desabamento dos postes, é mínimo.
Segundo o diretor da Cemar, José Jorge, “o crescimento atípico da demanda de energia justifica os atropelamentos realizados”. Jorge informou que Imperatriz pode sofrer um apagão caso não sejam tomadas providências imediatas, pois as duas usinas próximas alimentam todo o país, inclusive a região sul, que tem sofrido com a falta de chuvas.
O vereador Carlos Hermes (PCdoB) afirmou que a ampliação deve acompanhar o crescimento da cidade – “Quando cheguei aqui, era conhecida como a capital da energia. As modificações têm que ser feitas, mas com responsabilidade e compromisso com a população e sem grandes impactos públicos”. A empresa comunicou que irá apresentar duas novas propostas para o Executivo para modificar o quadro atual.

Juliana Carvalho


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