Vereador e Professor Carlos Hermes defende a classe |
O primeiro semestre
de 2013 está sendo marcado por manifestações dos trabalhadores. A prova foi o
ato que aconteceu hoje (06) pela manhã na Praça de Fátima, reunindo tanto professores do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Educacionais de
Imperatriz (Steei), quanto do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica
das Redes Públicas estaduais e municipais do Maranhão (Sinproesemma).
A aprovação, na
Câmara Municipal, do Projeto de Lei nº01/2013, que dispõe sobre o reajuste
salarial dos servidores públicos municipais, e as modificações feitas no
Estatuto do Educador, demonstram o quanto os governos de Imperatriz e do
Maranhão estão distantes dos debates classistas e reforçam a necessidade de um
mandato popular e participativo.
Numa tentativa
frustrada de negociação com o Poder Executivo os sindicatos, que estão em
greve, resolveram unir forças e reivindicar seus direitos diante de tamanho
autoritarismo e presunção. Para tanto, têm contado com o apoio dos alunos e dos
pais, o que ficou evidenciado nas falas desta segunda e na ação do Movimento
Estudantil que acontecerá na próxima sexta (10), às 9h da manhã, na Praça
Brasil.
Professores lotam a Praça de Fátima |
Infelizmente, com as atitudes governamentais, toda a sociedade imperatrizense sai perdendo. A desvalorização e exploração da mão de obra do operário que, para conquistar o que deveria ser seu por garantia, tem que repor as aulas perdidas, atinge famílias inteiras, em particular estudantes que merecem um ensino de qualidade e são privados em decorrência de um governo que não dialoga com a classe.
Entenda
as greves
O Steei fez um
cálculo baseado no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que teve um aumento
considerável este ano e pediu, inicialmente, um aumento de 20% no salário e
vale-ticket de 250 reais para professores e de 150 para os demais
trabalhadores, além do cumprimento de 1/3 da carga horária em atividades
extraclasse. A proposta realizada pelo governo Madeira foi de um aumento de
apenas 6%.
No dia 23 de abril,
16 vereadores da base do governo votaram a favor do Projeto e somente a
oposição votou com os servidores públicos, ficando ao lado da população (Carlos
Hermes e Marco Aurélio – PcdoB, Aurélio – PT e Rildo Amaral – PDT). Com o
resultado vergonhoso, os educadores foram às ruas e decidiram recorrer à
Justiça e manter a greve, iniciada em 15 de abril, até obterem resultado.
Carlos Hermes,
também professor, tem estado ao lado do movimento e participado ativamente da
luta do Steei e do Sinproesemma, do qual é vice-presidente estadual. Para ele, educação,
saúde e segurança devem ter prioridade na legislatura. Antes da eleição do
projeto, Hermes fez um último apelo aos parlamentares e questionou a aliança
deles com o prefeito:
Com a greve da rede
de ensino estadual desde 23 de abril, grande parte das escolas do Maranhão
estão paradas. O Sinproesemma exige que o Estatuto do Educador, construído em
conjunto com o governo, seja encaminhado para a Assembleia Legislativa e entre
em vigor. Até agora, o Secretário de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, fez
diversas modificações no Estatuto e retirou parte dos direitos dos professores. Eles pedem, entre outras coisas:
- Negociação
e consenso no Estatuto do Educador, incluindo professores, especialistas e
funcionários de escola;
- Eleição
direta para diretor de escola;
- Correção
do Piso Salarial aplicado linearmente na Nova Tabela Salarial; o cumprimento
integral da jornada extraclasse de 1/3;
- Nomeação
dos excedentes do concurso de 2009.
Juliana Carvalho
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