Governo do Estado se apresenta
inflexível diante as reivindicações acerca do Estatuto do Educador, levando
mais uma vez os professores da rede estadual de ensino a se mobiliarem em praça
pública em forma de protesto na busca pelos seus direitos. A manifestação que
ocorreu na manhã dessa segunda-feira, 6, na Praça de Fátima no Centro da cidade,
contou com a presença dos membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Maranhão (SINPROESEMMA), professores, alunos, pais de estudantes que
se vestiram de preto simbolizando o luto na educação.
A greve iniciada em 23 de abril
segue sem acordo como aponta o coordenador geral do SINPROESEMMA André Santos,
“não houve avanço com as negociações com o Governo. Os professores do Estado
continuam em greve por tempo indeterminado até que o seja atendida minimamente
as reivindicações dos trabalhadores da educação, que é o Estatuto do Educador.
O Governo insiste em querer tirar dos educadores a redução de carga horária
para quem tem 50 anos de idade e 20 anos de sala de aula”.
Outro fator muito importante que
emperra as negociações é a tabela salarial que de acordo com o coordenador
geral do sindicato, o “Governo não havia apresentado nenhuma proposta de tabela
colocando cada servidor nas referências que deveriam estar. A proposta que o
Governo encaminhou está minimamente abaixo do aceitável em nossa agenda de
greve!”.
Carlos Hermes vice-presidente
estadual do SINPROESEMMA questionou a demora da tabela e da execução do
Estatuto, prevista apenas para o próximo ano, 2014. Sobre o alongamento da
greve a juíza Maria das Graças aponta um cuidado maior “por ser uma área que
trata diretamente com o futuro da nação. Portanto é de uma grande importância e
deveria ser tratada de uma forma muito especial por nossos governadores”, o que
e fato não ocorre. E sobre a paralisação dos educadores Maria das Graças
esclarece que o “professor não faz greve por capricho, nem por vontade, só quando
a situação está insuportável. Eu digo isso porque já fui professora e eu amava
a profissão. Só não continuei na educação pelas condições miseráveis das
escolas. Porque os gestores não dão valor à educação”.
Agenda:
Uma avaliação do movimento e a
proposta do Governo do Estado sobre a tabela salarial serão analisadas em
reunião interna, pelo SINPROESEMMA na manhã de terça-feira, 7, na sede do
sindicato.
Na sexta-feira, 10, alunos das
duas redes de ensino, pública e estadual farão um ato público na Praça Brasil, juntamente
com o SINPROESEMMA e o Sindicato dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Público de
Imperatriz (STEEI).
Ascom SINPROESEMMA
Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão
Kalyne Cunha
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