Categoria desaprova proposta de reajuste da prefeitura e decide em
Assembleia Geral fazer greve a partir de segunda-feira
Os Trabalhadores da Educação de
Imperatriz decidiram em Assembleia Geral realizada ontem (10) rejeitar a
proposta de reajuste da prefeitura de Imperatriz e, por unanimidade, aprovaram
a realização de greve geral na educação. A paralisação inicia na próxima
segunda-feira (15) e não tem data para terminar.
A greve é uma resposta da categoria ao
desrespeito com que o prefeito de Imperatriz vem tratando os trabalhadores da
educação. Após quase dois meses de espera por uma contraproposta, e após
expirar o prazo legal, o prefeito ofereceu apenas 6% de reajuste para os
salários e vale-ticket, o que não cobre sequer as perdas com a inflação no
período.
Entre os pontos da proposta enviada
pelos trabalhadores da educação à prefeitura, destacam-se o reajuste salarial
de 20%, vale-ticket de 250 reais para professores e de 150 reais para os demais
trabalhadores e o cumprimento de 1/3 da carga horária em atividades
extraclasse, retroativos a 2011, 2012 e também de 2013.
O presidente do Steei professor Wilas
Moraes explica que a proposta de reajuste enviada pelo sindicato tem base
legal. “Portaria do Ministério da Educação, de dezembro do ano passado, diz que
o valor aluno-ano em 2012 era de 1.857 reais e para 2013 a projeção é de que
seja de 2.247 reais, portanto um reajuste oficial de 20% no valor dos repasses.
É isso que estamos pleiteando”, explicou.
Ainda de acordo com a portaria
ministerial, o valor recebido pela prefeitura em 2012 chegaria a pouco mais de
82 milhões de reais. Mas o repasse foi bem superior e chegou a mais de 89
milhões de reais. Os dados são públicos, basta acessar o site do FNDE para
fazer a consulta. “Este ano a prefeitura vai arrecadar 10 milhões de reais a
mais que em 2012 e o valor dos repasses federais vai superar os 99 milhões e
meio de reais. Portanto, o argumento do prefeito de que não há verbas para um
aumento maior não é verdadeiro”, esclareceu o presidente.
Durante o período de greve o sindicato
continua à disposição para a retomada das negociações. “A greve não interessa a
ninguém, nem aos trabalhadores, nem à prefeitura, nem à sociedade, mas é a
única maneira que os trabalhadores tem para exigir seus direitos,
principalmente quando o prefeito se recusa a negociar com a categoria”,
finalizou Wilas Moraes.
Fonte: http://steei.com.br
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