11/04/2013

Trabalhadores da Educação entram em greve por tempo indeterminado


Categoria desaprova proposta de reajuste da prefeitura e decide em Assembleia Geral fazer greve a partir de segunda-feira

Os Trabalhadores da Educação de Imperatriz decidiram em Assembleia Geral realizada ontem (10) rejeitar a proposta de reajuste da prefeitura de Imperatriz e, por unanimidade, aprovaram a realização de greve geral na educação. A paralisação inicia na próxima segunda-feira (15) e não tem data para terminar.
A greve é uma resposta da categoria ao desrespeito com que o prefeito de Imperatriz vem tratando os trabalhadores da educação. Após quase dois meses de espera por uma contraproposta, e após expirar o prazo legal, o prefeito ofereceu apenas 6% de reajuste para os salários e vale-ticket, o que não cobre sequer as perdas com a inflação no período.
Entre os pontos da proposta enviada pelos trabalhadores da educação à prefeitura, destacam-se o reajuste salarial de 20%, vale-ticket de 250 reais para professores e de 150 reais para os demais trabalhadores e o cumprimento de 1/3 da carga horária em atividades extraclasse, retroativos a 2011, 2012 e também de 2013.
O presidente do Steei professor Wilas Moraes explica que a proposta de reajuste enviada pelo sindicato tem base legal. “Portaria do Ministério da Educação, de dezembro do ano passado, diz que o valor aluno-ano em 2012 era de 1.857 reais e para 2013 a projeção é de que seja de 2.247 reais, portanto um reajuste oficial de 20% no valor dos repasses. É isso que estamos pleiteando”, explicou.
Ainda de acordo com a portaria ministerial, o valor recebido pela prefeitura em 2012 chegaria a pouco mais de 82 milhões de reais. Mas o repasse foi bem superior e chegou a mais de 89 milhões de reais. Os dados são públicos, basta acessar o site do FNDE para fazer a consulta. “Este ano a prefeitura vai arrecadar 10 milhões de reais a mais que em 2012 e o valor dos repasses federais vai superar os 99 milhões e meio de reais. Portanto, o argumento do prefeito de que não há verbas para um aumento maior não é verdadeiro”, esclareceu o presidente.
Durante o período de greve o sindicato continua à disposição para a retomada das negociações. “A greve não interessa a ninguém, nem aos trabalhadores, nem à prefeitura, nem à sociedade, mas é a única maneira que os trabalhadores tem para exigir seus direitos, principalmente quando o prefeito se recusa a negociar com a categoria”, finalizou Wilas Moraes.

Fonte: http://steei.com.br

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