11/04/2013

Grupo tumultua assembleia de São Luís e se opõe à greve pelo Estatuto

ssembleia sao luis 4          Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), para consultar a categoria sobre a proposta de greve pela aprovação do Estatuto do Educador, a Assembleia Regional de São Luís, realizada na manhã desta terça-feira (9), foi marcada por tumulto, desrespeito às falas de educadores e tentativa de desviar o objetivo da reunião, atitudes de um grupo de trabalhadores, que demonstrou não aceitar o movimento pela aprovação do Estatuto.
 
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          Como forma de dizer não à greve, contrariando uma decisão já tomada pela grande maioria dos trabalhadores em educação, em 18 assembleias regionais, o grupo, intitulado MRP, que faz oposição à direção do sindicato, se manifestou contra a proposta do Estatuto do Educador, com alegação de que o texto precisa ser novamente discutido.
          “Rediscutir a proposta de estatuto, já amplamente debatida, negociada com o governo e que a categoria espera há muito tempo que seja aprovada, é voltar ao ponto de partida, um retrocesso. É pactuar com o governo do Estado e agir contra os trabalhadores”, disse a secretária-geral do Sinproesemma, Janice Nery, ao defender ,na assembleia, a greve como alternativa de luta da categoria pela aprovação do estatuto.
          Outro dirigente sindical, Odair José Neves, lamentou que no momento em que  sindicato faz uma consulta para dar encaminhamento à luta pela aprovação do estatuto, o grupo contrário usa o mesmo discurso do governo, de rediscussão de proposta, para tentar desconstruir todo o trabalho desenvolvido pelo sindicato, na negociação do estatuto, e que durou vários anos. “Notamos uma tentativa clara desse grupo de vir aqui desqualificar o trabalho do sindicato na construção do Estatuto do Educador”, ressalta o sindicalista.
          A proposta do Estatuto defendida pelo Sinproesemma e negociada com o governo é a mesma aprovada pela maioria dos trabalhadores, em várias reuniões realizadas pelo sindicato e que representa avanços na carreira do educador, assim como a garantia de direitos já conquistados pela categoria. A negociação com o governo foi esgotada depois de inúmeras reuniões, no período de quase dois anos, iniciado dois meses após a última greve dos trabalhadores, em 2011.

Motivo da greve

assembleia sao luis 1          O sindicato defende a greve para cobrar que o Estado envie essa proposta negociada para aprovação na Assembleia Legislativa, assim como a tabela salarial que atualiza os salários, de acordo com o piso nacional em vigor. O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, ao abrir a assembleia de São Luís explicou aos educadores que, além de protelar o envio dessa proposta negociada ao Legislativo, o governo do Estado usa de artimanhas para aprovar outra proposta de estatuto “mutilada”, nociva aos trabalhadores, pois acaba com a promoção, com a GAM para os aposentados, exclui os funcionários de escolas, entre outros danos que ameaçam a carreira dos educadores.

Silêncio
          Finalizando a assembleia, no encerramento dos debates, o presidente do Sinproesemma fez a consulta aos educadores presentes sobre a aprovação da greve pelo estatuto e os demais itens da pauta da educação. Uma parte aprovou a greve e outra não se manifestou, silenciou, inclusive o grupo que tentou por diversas vezes tumultuar o processo da assembleia regional.

Balanço
          Nesta quinta-feira, o Sinproesemma divulgará o balanço completo do resultado das assembleias regionais, realizadas em 19 regionais, envolvendo trabalhadores da rede pública estadual de educação, de todos os municípios do Maranhão.

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