28/02/2013

VBL tenta prejudicar Audiência Pública


Foto de Weslley Maia
            Às 8 horas da manhã desta quinta, 28, os funcionários da Viação Branca do Leste já lotavam o Plenário Leo Franklin. A Audiência Pública puxada, principalmente, pelas denúncias do Movimento #ForaVBL, convocou os representantes da empresa e da Secretaria de Trânsito para esclarecer os péssimos serviços prestados no transporte público de Imperatriz, bem como o não cumprimento dos prazos dados pelo governo municipal para o reajuste de conduta.

            Dirigida pelo presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, vereador Antonio José (DEM), a Audiência foi interrompida diversas vezes pelas manifestações da galeria e ficou marcada pela dificuldade imposta na fala de Brenda Herênio, liderança do #ForaVBL. A discussão entre os parlamentares para resolver se a exposição podia ou não ser feita levou mais de 20 minutos, enquanto a estudante falou em apenas três.

O comunista Carlos Hermes alegou que a sessão não estava sendo democrática e usou a Tribuna para ler cláusulas do contrato lembrando os compromissos firmados, como veículos em quantidade e com qualidade o suficiente e segurança, regularidade, eficiência e comodidade para os usuários dos serviços e funcionários. O parlamentar defendeu os servidores da companhia – “Os trabalhadores são vítimas como nós. Estão sofrendo assédio moral enquanto defendem seu emprego e dignidade!”

            Ao afirmar ter respondido a notificação da prefeitura, o advogado da empresa, José Fernandes (que substituiu o presidente), foi desmentido pelo secretário de trânsito, Cabo J. Ribamar, que acusou o não protocolamento da resposta na procuradoria. Referindo-se à desculpa da firma de não conhecer a situação, o promotor de Defesa do Consumidor, Sandro Bíscaro lamentou a terceirização de culpa adotada – “Se existe um problema de gestão é um problema interno da empresa, ela tem que resolver!”.

            Em reunião depois da audiência, o Movimento #ForaVBL avaliou que a ocasião foi proveitosa pela visibilidade conquistada. Reconheceu, no entanto, que não houve apresentação de nenhuma solução ou proposta concreta. “É bom nos prepararmos para amanhã, se eles fizeram o teatrinho hoje, no ato não será diferente!”, afirmou Welington Sousa, diretor de cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), referindo-se à manifestação que sairá nesta sexta, 28, às 17h da Universidade Federal de Maranhão rumo à Integração.

            Infelizmente, o uso da Tribuna foi extremamente limitado e não pude expressar minha opinião na Audiência. Deixo aqui, como não é de praxe, a solução que considero ideal para o problema do transporte público de Imperatriz: Respeito e compromisso! A partir do momento que os contratos realizados com o governo municipal forem cumpridos (todos), não há nenhum lado prejudicado. Como pronunciou muito bem Sandro Bíscaro - se a empresa não tem condições de cumprir com o que se empenhou, arreda (Obs: ele não utilizou este termo).
 
Juliana Carvalho

Um comentário:

  1. Deve ser mesmo um jogo de interesses muito grande, por trás disso tudo! É evidente que a empresa VBL mantém um serviço mais que precário, em Imperatriz. São micro-ônibus que não comportam a quantidade de pessoas; na maioria dos casos os motoristas fazem o trabalho de cobrador, pondo em risco várias vidas (pois ele tem de cumprir horário, então passa o troco aos passageiros ao mesmo tempo em que dirige o ônibus); os carros quebram com bastante frequência; não há higienização dos transportes (são fétidos) e são tantas as mazelas que é melhor parar por aqui. É uma pena que alguns dos nossos "representantes" (como o então vereador José Carlos, vulgo "Pé de Pato") não percebam ou se façam de "cegos, surdos e mudos" para o interesse público. Infelizmente não pude presenciar/participar da audiência pública - vida de proletariada, mas realmente é algo de meu interesse e tenho acompanhado e apoiado o movimento "#ForaVBL".

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