Foto de Weslley Maia |
Dirigida pelo presidente da Comissão
de Obras e Serviços Públicos, vereador Antonio José (DEM), a Audiência foi
interrompida diversas vezes pelas manifestações da galeria e ficou marcada pela
dificuldade imposta na fala de Brenda Herênio, liderança do #ForaVBL. A
discussão entre os parlamentares para resolver se a exposição podia ou não ser
feita levou mais de 20 minutos, enquanto a estudante falou em apenas três.
O comunista Carlos Hermes alegou que a sessão
não estava sendo democrática e usou a Tribuna para ler cláusulas do contrato lembrando
os compromissos firmados, como veículos em quantidade e com qualidade o
suficiente e segurança, regularidade, eficiência e comodidade para os usuários
dos serviços e funcionários. O parlamentar defendeu os servidores da companhia
– “Os trabalhadores são vítimas como nós. Estão sofrendo assédio moral enquanto
defendem seu emprego e dignidade!”
Ao afirmar ter respondido a
notificação da prefeitura, o advogado da empresa, José Fernandes (que
substituiu o presidente), foi desmentido pelo secretário de trânsito, Cabo J.
Ribamar, que acusou o não protocolamento da resposta na procuradoria. Referindo-se
à desculpa da firma de não conhecer a situação, o promotor de Defesa do
Consumidor, Sandro Bíscaro lamentou a terceirização de culpa adotada – “Se existe
um problema de gestão é um problema interno da empresa, ela tem que resolver!”.
Em
reunião depois da audiência, o Movimento #ForaVBL avaliou que a ocasião foi
proveitosa pela visibilidade conquistada. Reconheceu, no entanto, que não houve
apresentação de nenhuma solução ou proposta concreta. “É bom nos prepararmos para
amanhã, se eles fizeram o teatrinho hoje, no ato não será diferente!”, afirmou Welington
Sousa, diretor de cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES),
referindo-se à manifestação que sairá nesta sexta, 28, às 17h da Universidade
Federal de Maranhão rumo à Integração.
Infelizmente, o uso da Tribuna foi extremamente
limitado e não pude expressar minha opinião na Audiência. Deixo aqui, como não
é de praxe, a solução que considero ideal para o problema do transporte público
de Imperatriz: Respeito e compromisso! A partir do momento que os contratos
realizados com o governo municipal forem cumpridos (todos), não há nenhum lado
prejudicado. Como pronunciou muito bem Sandro Bíscaro - se a empresa não tem
condições de cumprir com o que se empenhou, arreda (Obs: ele não utilizou este
termo).
Juliana Carvalho
Deve ser mesmo um jogo de interesses muito grande, por trás disso tudo! É evidente que a empresa VBL mantém um serviço mais que precário, em Imperatriz. São micro-ônibus que não comportam a quantidade de pessoas; na maioria dos casos os motoristas fazem o trabalho de cobrador, pondo em risco várias vidas (pois ele tem de cumprir horário, então passa o troco aos passageiros ao mesmo tempo em que dirige o ônibus); os carros quebram com bastante frequência; não há higienização dos transportes (são fétidos) e são tantas as mazelas que é melhor parar por aqui. É uma pena que alguns dos nossos "representantes" (como o então vereador José Carlos, vulgo "Pé de Pato") não percebam ou se façam de "cegos, surdos e mudos" para o interesse público. Infelizmente não pude presenciar/participar da audiência pública - vida de proletariada, mas realmente é algo de meu interesse e tenho acompanhado e apoiado o movimento "#ForaVBL".
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