12/12/2012

Professor preso ilegalmente dentro de uma escola é transferido para tratamento médico no Pará.


O professor da rede estadual de ensino do Maranhão, Abedenego Ribeiro, finalmente saiu da delegacia de Açailândia, onde ficou preso, ilegalmente, por dois dias, e entrou em surto diante da violência e do constrangimento sofrido com a prisão.
De acordo com informações prestadas por familiares, professores e estudantes do Centro de Ensino Terezinha Rego, em Itinga, de onde o professor foi levado algemado, foi preciso uma equipe médica especializada para tirar o professor da delegacia, mesmo após a decisão judicial de prisão ilegal.
“O professor entrou em surto. Os policiais o levaram de dentro da sala de aula na nossa frente”, disse um aluno que não quis ser identificado, com medo de represálias da direção da escola.
O professor foi levado para tratamento no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, em Belém (PA), para recuperação do trauma sofrido. Ele foi transferido, nesta quinta-feira (6), com muita dificuldade, em uma ambulância de emergência da cidade de Dom Eliseu (Pará).
Segundo informações prestadas em depoimentos por testemunhas, na última segunda-feira, 3, o professor foi surpreendido por policias na sala de aula do Centro de Ensino Terezinha de Jesus Coelho Rocha e obrigado a se despir na frente dos seus alunos para verificar se estava portado armas, depois que a direção da escola, sem justificativa, ligou para a polícia e pediu para retirar o profissional das dependências da escola.
Segundo familiares, inicialmente, o professor foi levado para a delegacia de Itinga, onde não havia delegado de plantão, e logo em seguida, os policiais decidiram levá-lo para a delegacia de Açailândia, onde ficou até adoecer e ser internado.O Ministério Público já está apurando o caso e colhendo depoimentos de testemunhas.
De acordo com informações prestadas ao Sinproesemma, vários professores da escola, principalmente Abedenego, considerado pela comunidade escolar um excelente professor de Física, sofrem perseguição da direção escolar desde o final da greve realizada em 2011. Abedenego e mais dois professores estavam suspensos de suas atividades em sala de aula. A prisão arbitrária do educador aconteceu no seu retorno à sala de aula, com o fim da suspensão de 60 dias.
Apesar de o caso representar um grande ataque aos Direitos Humanos e de vários profissionais da imprensa terem conhecimento do caso, inclusive entrevistas, depoimentos, fotos e imagens, nenhum veículo de comunicação divulgou o ocorrido, cabendo apenas aos blogs e ao Sinproesemma cumprir o papel de levar informação à população, com a perspectiva que a justiça seja feita.
COMENTÁRIO DO BLOG: A matéria acima é do dia 7 de dezembro, hoje,  12, o professor ainda se encontra em Belém na casa de familiares e segundo um colega professor de Itinga, Abedenego não consegue reconhecer a própria mãe. O processo corre na Justiça, mas se as coisas de fato tomaram esse rumo, essa diretora além de perder o cargo, deve pagar judicialmente por seus atos. Precisamos repudiar esse tipo de tratamento aos trabalhadores da educação, educação é coisa para HUMANO decente que respeita o SER HUMANO.

A farra de certos diretores que se sentem donos das escolas estaduais, acabará quando nosso ESTATUTO DO EDUCADOR  for aprovado para finalmente termos eleições diretas para o cargo.

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