26/10/2011

Marcha em luta por 10% do PIB para a Educação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) participa da Marcha Nacional “10 mil por 10% para a Educação”, realizada na manhã desta quarta-feira (26), em Brasília. No total, participam 45 educadores de diversas regiões do Maranhão, entre os quais o presidente do sindicato, professor Júlio Pinheiro.
A marcha, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) tem por objetivo pressionar parlamentares a defender a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor de educação. Segundo a confederação, o Brasil investe atualmente cerca de 5% do PIB na área, percentual considerado insuficiente e que se reflete negativamente na qualidade da educação pública. Para a entidade, a meta de investimento de 10% do PIB tira a educação pública brasileira do atraso em que se encontra atualmente.

Além da grande marcha, está previsto na programação um ato público em frente à Câmara Federal, onde os manifestantes pretendem sensibilizar os parlamentares para que incluam no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE) a emenda que exige 10% do PIB para educação. No projeto inicial, só estão previstos 7%.

Segundo o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, o Maranhão é um grande exemplo de reflexos negativos do baixo investimento em educação, lembrando o péssimo desempenho das escolas do Maranhão no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de 2010: “O resultado mostra o verdadeiro massacre que os estudantes sofrem. Das 10 melhores escolas do Estado, apenas duas são públicas: o Ifma (Monte Castelo) e o Cefet (Imperatriz). Coincidentemente, as duas são federais. Já as dez piores escolas são todas estaduais. Isso prejudica especialmente as camadas mais pobres da população, numa demonstração do quanto é injusto nosso modelo social, político e educacional. Segmentos excluídos, social e economicamente, e que poderiam encontrar na educação o caminho da inclusão são empurradas ainda mais para baixo. Espera-se que, após aprovação do Plano Nacional de Educacional (PNE), com ampliação dos investimentos para, no mínimo, 10% do PIB, nos próximos dez anos, essa realidade mude.

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