A Câmara
Municipal discutiu em audiência pública, nessa quinta-feira (5), o Plano Direto
de Imperatriz. A audiência foi solicitada pelo vereador professor Carlos Hermes
(PCdoB), visto que, o documento tem mais de dez anos e, conforme, estabelece o
Estatuto da Cidade é necessária a revisão do mesmo a cada uma década.
O Plano
Diretor é o instrumento básico para planejamento municipal e implementação da
política de desenvolvimento, norteando a ação dos agentes públicos e privados. O documento determina ações relativas ao meio
ambiente, habitação, transportes, serviços urbanos, administração do patrimônio
municipal, desenvolvimento econômico, científico e
tecnológico, tanto na área urbana quanto rural da cidade.
O plano deve abordar o desenvolvimento sustentável, diz Carlos Hermes |
Em
pronunciamento, o vereador Carlos Hermes destacou que o Plano Diretor,
elaborado em 2004, não atende a demanda da cidade. “Estamos há onze anos com
esse documento e Imperatriz já cobra uma revisão dele; e nós não temos
respondido à sociedade em relação a isso. A segunda maior cidade do estado,
infelizmente, não tem um documento que oriente o seu desenvolvimento,
consequentemente, cresce sem um planejamento. Há uma necessidade urgente de
mudar isso e precisamos pensar esse plano diretor na perspectiva do
desenvolvimento sustentável”.
O
secretário de Meio Ambiente, Richard Sebba, ressaltou durante a audiência que o
Município não dispõe de recursos para revisar ou elaborar o Plano Diretor de
Imperatriz. “Ele foi elaborado em 2004,
entretanto, o Ministério Público entendeu que as audiências não foram suficientes
para a provação do Plano e, por meio de TAC [Termo de Ajustamento de Conduta],
determinou a revisão do documento. De lá para cá, não se conseguiu essa revisão
e a partir de 2013 constatamos que não é somente a revisão, mas, a construção
de um novo plano. Para o município é importante, mas, o custo é muito alto, dependemos
da questão financeira, e o Município não dispõe desses recursos”.
Já a
representante do Ministério Público do Maranhão, Aline Matos Pires, enfatizou
que as dificuldades orçamentárias não podem ser justificativas para a não
atualização do plano. “Essas dificuldades sempre existirão. Não podemos partir
da solução engessados pela dificuldade e não fazer. Devemos enfrentar as
dificuldades e a partir delas apontar soluções”.
Ela destacou,
também, que o Ministério Público buscou meios para que se cumprisse as
determinações do órgão referentes ao plano diretor da cidade. “Foi feito o TAC
em 2008, o aditivo 2009, em maio um novo prazo que também não foi cumprido. Em
2014, foi proposta uma audiência de conciliação para apresentar um cronograma
de atividades, não foi cumprido e também não teve justificativa. Inúmeras
tentativas foram feitas para que se fizesse a elaboração ou as revisões
necessárias desse plano diretor, demos todos os prazos possíveis para que o
município se preparasse e cumprisse a sua função, mas, não foi feito”.
A
audiência pública contou com a presença de representantes da Universidade
Estadual do Maranhão, da Federação das Indústrias do Maranhão, do Sindicato da
Construção Civil, do Ministério Público, da Defensoria Pública e sociedade
civil.
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