Na noite de terça-feira assisto atento a toda sua entrevista na Globo. Ao final ele fixa o olhar na tela e fala a nós brasileiros de uma maneira próxima, uma fala direta transmitindo sonhos, esperança, projetos de dimensões grandiosas.
Na mente daquele homem e dois milhões de brasileiros que lhe viam e ouviam, jamais passava a ideia de morte.
Dia seguinte ligo a TV e vejo todos os planos, sonhos e juventude destruídos por uma fatalidade. Não seria seu eleitor nessas eleições, mas sou mais um dos que o respeitava e admirava por tudo que representava em sua trajetória.
Esse fato nos faz refletir sobre a efemeridade da existência humana,e nos remete a pensar na letra da música "Ouro de Tolo" de Raul Seixas no trecho que diz:
"É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social"
Raul nos diz que não vale a pena o apego a valores como status, poder, matéria e dinheiro. Independente de nossa condição social, somos apenas seres humanos,limitados, frágeis e portanto iguais na nossa essência.
Eduardo conseguiu dar sentido à sua existência por se dedicar ao coletivo e isso o eternizará.
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