“O serviço público não é pra dar lucro, é pra dar qualidade
de atendimento”, pontua presidente do Steei
Antes da sessão, plenário já estava cheio |
Esta repetição mostra a dificuldade
de diálogo imposta pelo prefeito que, este ano, não chegou nem a cogitar o
reajuste salarial dos servidores destas áreas. Alega-se que a verba dos cofres
municipal é insuficiente. Mas, de acordo
com o presidente do Steei (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de
Imperatriz), Wilas de Moraes, o dinheiro é investido em “cargos comissionados e
pessoas que nem estão trabalhando na prefeitura”. O sindicalista pediu a prestação de contas e de gastos,
principalmente dos contratados.
O vereador professor Carlos Hermes
(PCdoB) esclareceu que encaminhou um ofício à SEAMO (Secretaria Municipal e
Administração e Modernização), dia 20 de março, pedindo a folha de pagamento de
todos que ocupam cargo comissionado pela prefeitura, mas ainda não obteve
resposta da mesma. Com a ausência de Madeira do país entre 11 a 19 de abril, Hermes
acredita que é o momento de aproveitar – “Se o presidente da Câmara, Hamilton
Miranda, assumir o governo, é hora da negociação”.
Merendeiros, auxiliares, vigias e zeladores
têm uma situação ainda mais delicada. Além do baixo salário, recebem R$ 84,00 em
ticket alimentação, quase metade do que ganham os professores. A auxiliar de
magistério, Vilma Pinheiro, lembra ainda da necessidade de pagamento do ISA
(Incentivo de Sala de Aula), que o governo municipal se nega a pagar e da reposição
salarial.
Ano passado, a resposta do prefeito,
bem como dos 17 vereadores de situação, foi negativa. Dos 20% de reajuste
pedido pela classe, deram apenas 6%. O professor de História, Arnon Borralho,
disse não ter muitas expectativas sobre a negociação que Madeira promete fazer
nos próximos dias – “Não acredito, pela forma autoritária que ele vem agindo.
Se não houver conversa, vamos determinar greve”.
Saúde – A
presidente do Sindicato Municipal de Saúde, Margarida Nunes, afirmou que nunca
houve um ano sem reajuste salarial na cidade desde que ela é funcionária
pública. Nunes falou da semana de humanização para profissionais da saúde que
está sendo promovida pelo governo federal na Secretaria de Saúde e afirmou que “de
nada adianta trabalhar humanização teórica se não há nenhuma da parte do
município”.
Juliana Carvalho
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