08/04/2014

Trabalhadores da Educação e Saúde tentam negociar com prefeito

“O serviço público não é pra dar lucro, é pra dar qualidade de atendimento”, pontua presidente do Steei

Antes da sessão, plenário já estava cheio
            Abril está na história de Imperatriz como um mês de luta. Como em 2013, os trabalhadores reivindicam a negociação de seus direitos. N  esta terça-feira (08), profissionais da Educação e Saúde municipal se reuniram no plenário Léo Franklin pedindo sensibilidade e respeito às suas necessidades. Caso não sejam atendidos, os manifestantes foram objetivos – “Dessa vez, a classe não vai recuar!”. Novamente, a oposição apoia a luta – Carlos Hermes (PCdoB), Marco Aurélio (PCdoB), Aurélio (PT) e Rildo Amaral (Solidariedade).
            Esta repetição mostra a dificuldade de diálogo imposta pelo prefeito que, este ano, não chegou nem a cogitar o reajuste salarial dos servidores destas áreas. Alega-se que a verba dos cofres municipal é insuficiente.  Mas, de acordo com o presidente do Steei (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Imperatriz), Wilas de Moraes, o dinheiro é investido em “cargos comissionados e pessoas que nem estão trabalhando na prefeitura”.     O sindicalista pediu a prestação de contas e de gastos, principalmente dos contratados.

            O vereador professor Carlos Hermes (PCdoB) esclareceu que encaminhou um ofício à SEAMO (Secretaria Municipal e Administração e Modernização), dia 20 de março, pedindo a folha de pagamento de todos que ocupam cargo comissionado pela prefeitura, mas ainda não obteve resposta da mesma. Com a ausência de Madeira do país entre 11 a 19 de abril, Hermes acredita que é o momento de aproveitar – “Se o presidente da Câmara, Hamilton Miranda, assumir o governo, é hora da negociação”.
            Merendeiros, auxiliares, vigias e zeladores têm uma situação ainda mais delicada. Além do baixo salário, recebem R$ 84,00 em ticket alimentação, quase metade do que ganham os professores. A auxiliar de magistério, Vilma Pinheiro, lembra ainda da necessidade de pagamento do ISA (Incentivo de Sala de Aula), que o governo municipal se nega a pagar e da reposição salarial.
            Ano passado, a resposta do prefeito, bem como dos 17 vereadores de situação, foi negativa. Dos 20% de reajuste pedido pela classe, deram apenas 6%. O professor de História, Arnon Borralho, disse não ter muitas expectativas sobre a negociação que Madeira promete fazer nos próximos dias – “Não acredito, pela forma autoritária que ele vem agindo. Se não houver conversa, vamos determinar greve”.


Saúde – A presidente do Sindicato Municipal de Saúde, Margarida Nunes, afirmou que nunca houve um ano sem reajuste salarial na cidade desde que ela é funcionária pública. Nunes falou da semana de humanização para profissionais da saúde que está sendo promovida pelo governo federal na Secretaria de Saúde e afirmou que “de nada adianta trabalhar humanização teórica se não há nenhuma da parte do município”.

Juliana Carvalho

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