Do blog de Josué Moura
Um
pedido de ação criminal contra Roseana Sarney (PMDB), governadora do
Maranhão, e Ricardo Jorge Murad, que é secretário estadual de Saúde e
cunhado de Roseana, foi protocolada na tarde desta terça-feira, 14, na
Procuradoria Geral da República (PGR). No documento, os dois gestores
públicos e outros três empresários são acusados de fraudar licitações de
construção de hospitais e desviar recursos para campanha eleitoral.
De
acordo com a denúncia, que ainda precisa ser acatada pelo Procuradoria
para que se inicie uma investigação, Murad abriu um procedimento de
concorrência em 2009 para a construção de 64 hospitais em diversos
municípios do Maranhão, com investimento estimado em quase R$ 116
milhões. Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão
(TCE-MA), entretanto, constatou que as obras iniciais destes hospitais
já constavam em um edital anterior e os trabalhos já eram gerenciados
por uma empresa que posteriormente seria a vencedora da licitação.
As
três empresas envolvidas, Dimensão Engenharia e Construção, Lastro
Engenharia e JNS Construções e Paisagismo, constam nos registros do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como doadoras de recursos para o PMDB
do Maranhão. No total, foram quase R$ 2 milhões doados, valor que teria
sido repartido entre as contas de campanha de Roseana e Murad.
De
acordo com o relatório, as doações eram feitas poucos dias depois de o
Estado liberar verbas dos contratos para as empresas. A Lastro
Engenharia, por exemplo, teria recebido R$ 2,5 milhões do governo
estadual em uma quinta-feira e, já na terça-feira seguinte, doado R$ 300
mil para o diretório estadual do PMDB.
Responsável pela Lasto
Engenharia, Osvaldino Martins de Pinho informou que todo o processo foi
transparente, conforme a lei e que as doações de campanha estão
declaradas formalmente no TSE. Os responsáveis pela JNS Construções e
Paisagismo e pela Dimensão Engenharia e Construção não foram encontrados
para comentar o caso. As assessorias de imprensa do governo do Maranhão
e da secretaria de Saúde do Maranhão foram contatadas, mas não deram
retorno.
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