04/12/2013

Imperatriz recebe Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia


O Maranhão tem um dos maiores índices de câncer do Brasil!

           A atenção oncológica em Imperatriz e região foi tema de uma Audiência Pública que aconteceu na tarde desta quarta-feira (04) na Câmara Municipal de Imperatriz. Pelo grau de importância, a sessão foi coordenada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Estiveram presentes também representantes da Associação de Amparo aos Pacientes de Câncer da Região Tocantina (Ampare), do Conselho Municipal de Saúde e vereadores locais.
            O debate surgiu do alto índice de câncer no Maranhão, principalmente nas macroregiões de Imperatriz, Balsas e Presidente Dutra. Entre as dificuldades apresentadas, a ausência de radioterapia e a exigência da Lei 12.732, que define que o atendimento deve começar em, no máximo 60 dias depois do diagnóstico. A problemática também gira em torno do acesso dos pacientes e familiares a tratamentos eficazes e politicas públicas de assistência. 

            A ampliação inclui exames laboratoriais e internação e está prevista para o próximo ano. A presidente da Comissão, Valéria Macedo, fez um apelo aos vereadores de Imperatriz para que trabalhem na causa, pois “o que falta até agora é vontade política".          Há dois anos luta-se pela implantação de uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no Socorrão. Até agora, o serviço só é oferecido em uma clínica particular que, com as últimas reformas feitas no hospital, pode fazer um convênio com a prefeitura.
Dr. Gurmecindo Filho, da Rede de Oncologia de Imperatriz
            O coordenador da Rede de Oncologia de Imperatriz, dr.Gurmercindo Filho,  apontou que o teto de alta e média complexidade são insuficientes na região, e que o investimento é prejudicado pela ineficiência no registro dos casos, havendo uma contabilização e previsão equivocadas. Reclama-se também do baixo índice de diagnósticos definitivos, da ausência de uma rede estruturada e de profissionais qualificados, que se concentram mais no Sul e Sudeste do país. A espera na fila, tanto para exames como para o tratamento, implica no avanço do estágio da doença. 
José Generoso, diretor do Hosp. Aldenora Bello
            José Generoso, diretor do Hospital Aldenora Bello, de São Luís, esclareceu que 60% dos acometidos pela doença são mulheres, de idade avançada e com câncer no colo do útero. Nos dias 10 e 11 de setembro, houve uma reunião da TOPAMA, onde se produziu um relatório que foi encaminhado ao Ministério da Saúde. O documento voltou com 10 pendências, estando nove delas já sanadas. Na Audiência, produziu-se um documento pedindo a rapidez na implantação da UNACON.


             Juliana Carvalho

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