O Maranhão tem um dos maiores índices de câncer do Brasil!
A atenção oncológica em
Imperatriz e região foi tema de uma Audiência Pública que aconteceu na tarde
desta quarta-feira (04) na Câmara Municipal de Imperatriz. Pelo grau de
importância, a sessão foi coordenada pela Comissão de Saúde da Assembleia
Legislativa. Estiveram presentes também representantes da Associação de Amparo aos
Pacientes de Câncer da Região Tocantina (Ampare), do Conselho Municipal de
Saúde e vereadores locais.
O debate surgiu do alto
índice de câncer no Maranhão, principalmente nas macroregiões de Imperatriz,
Balsas e Presidente Dutra. Entre as dificuldades apresentadas, a ausência de
radioterapia e a exigência da Lei 12.732, que define que o atendimento deve
começar em, no máximo 60 dias depois do diagnóstico. A problemática também gira
em torno do acesso dos pacientes e familiares a tratamentos eficazes e
politicas públicas de assistência.
A ampliação inclui exames
laboratoriais e internação e está prevista para o próximo ano. A presidente da
Comissão, Valéria Macedo, fez um apelo aos vereadores de Imperatriz para que
trabalhem na causa, pois “o que falta até agora é vontade política". Há dois anos luta-se pela implantação
de uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no Socorrão.
Até agora, o serviço só é oferecido em uma clínica particular que, com as
últimas reformas feitas no hospital, pode fazer um convênio com a prefeitura.
Dr. Gurmecindo Filho, da Rede de Oncologia de Imperatriz |
O coordenador da Rede
de Oncologia de Imperatriz, dr.Gurmercindo Filho, apontou que o teto de alta e média
complexidade são insuficientes na região, e que o investimento é prejudicado
pela ineficiência no registro dos casos, havendo uma contabilização e previsão
equivocadas. Reclama-se também do baixo índice de diagnósticos definitivos, da
ausência de uma rede estruturada e de profissionais qualificados, que se
concentram mais no Sul e Sudeste do país. A espera na fila, tanto para exames
como para o tratamento, implica no avanço do estágio da doença.
José Generoso, diretor do Hosp. Aldenora Bello |
José Generoso, diretor
do Hospital Aldenora Bello, de São Luís, esclareceu que 60% dos acometidos pela
doença são mulheres, de idade avançada e com câncer no colo do útero. Nos dias
10 e 11 de setembro, houve uma reunião da TOPAMA, onde se produziu um relatório
que foi encaminhado ao Ministério da Saúde. O documento voltou com 10
pendências, estando nove delas já sanadas. Na Audiência, produziu-se um
documento pedindo a rapidez na implantação da UNACON.
Juliana Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade e seja bem vindo ao debate!