Vereadores procuram judiciário para manter CPI da Caema

Vereador Carlos Hermes, presidente da CPI da Caema

O arquivamento da CPI da Caema não é definitivo. O presidente da Comissão, vereador Carlos Hermes (PCdoB), esclareceu na sessão desta terça-feira (26) que trata-se de um processo legal e que já estão sendo buscados os meios jurídicos necessários para que esta volte a trabalhar e a fiscalizar a prestação de serviços da empresa em Imperatriz.

Muitos dos edis de situação que no primeiro momento apoiaram o inquérito e voltaram atrás defendem que agora o Executivo está buscando solucionar os problemas da falta de água e saneamento básico na cidade. Um fato interessante é que a CPI impulsionou todo este processo. Como reforçou Hermes, “se hoje nós temos o anúncio da construção de poços, com a CPI da Caema continuando, pressionaremos o governo a investir muito mais!”,

Um documento apresentado pelo líder de governo, Zé Carlos (PTB), com assinaturas dos funcionários da Caema alegando estarem trabalhando para o bom funcionamento da mesma causou confusão na casa. Para alguns parlamentares parece que houve alguma pressão como se em algum momento a CPI ameaçasse seus empregos, o que não aconteceu e pode ter sido usado, inclusive, como jogo político.

O relator Aurélio Gomes (PT) lembrou que a própria mídia pauta e prova que o problema de abastecimento local ainda está longe de ser solucionado e que a vontade da população não tem predominado na Câmara – “Tenho certeza que o povo não assinaria este documento do vereador que me antecedeu!”.

De qualquer modo, ambos concordaram que a Comissão já faz parte de um marco histórico de Imperatriz. Seja pela vergonha do arquivamento, seja pela importância e quebra de paradigmas que envolve a investigação de uma firma que presta serviços para todo o Estado e que, inquestionavelmente, tem falhado.

Juliana Carvalho