23/03/2013

Sinproesemma vai consultar educadores sobre greve na rede estadual de ensino

Após o fim do prazo estipulado pelos educadores para que o governo do Estado enviasse o Estatuto do Educador  à Assembleia Legislativa, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) decidiu realizar consulta à categoria sobre o início de greve na rede estadual de educação.
A decisão foi tomada em reunião da direção executiva estadual do sindicato, realizada na manhã desta segunda-feira, 18, na sede da entidade, em São Luís. O prazo para o encaminhamento do Estatuto, que esgotou no dia 15 deste mês, foi definido em vinte assembleias regionais, organizadas pelo entidade.
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Dirigentes do Sinproesemma das principais regiões do estado avaliam que o diálogo já se esgotou e apenas a mobilização na rede de ensino pode levar à aprovação do Estatuto do Educador, cujo texto é resultado de uma longa discussão entre os técnicos do governo e dirigentes do sindicato. “O governo já teve tempo suficiente para ajustar a proposta. O que observamos é a falta de vontade política em aprovar o texto do Estatuto”, afirma o diretor de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres.
O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, explica que os últimos contatos com o governo demonstraram a falta de compromisso com a educação. Segundo o dirigente, o não cumprimento de prazos, com ajustes propostos pelo próprio governo, é o motivo principal para desencadear uma grande mobilização estadual. “Nós entendemos que tudo o que foi possível foi feito nos últimos anos. A partir de agora vamos iniciar a mobilização em busca da aprovação do Estatuto, que é a essência da nossa vida profissional”, afirma.
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A direção também criticou o parecer da Procuradoria Geral do Estado que recomendou a retirada dos funcionários de escolas da proposta do Estatuto. “Nós vamos continuar defendendo a proposta inicial de unificação, incluindo os funcionários de escola no texto de Estatuto do Educador”, afirma Júlio Pinheiro.
O diretor da pasta que trata da questão dos funcionários, Carlos Mafra, não concorda com a posição da PGE, que, segundo ele, prejudica os funcionários. “Ele alega que já estamos contemplados no Plano Geral dos Servidores do Estado, mas vamos avaliar isso legalmente. Não podemos ser prejudicados”, ressalta.

Calendário

Com o indicativo de greve, os educadores deverão ser consultados, para a deliberação do movimento, na primeira quinzena de abril, em nova rodada de assembleias regionais.
Fonte: Sinproesemma

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