18/01/2013

Cassação: Roseana está com medo

Jornal Pequeno Existem no processo eleitoral brechas legais e na ação fiscalizadora que permitem o abuso de poder político e econômico, crimes cometidos a tom de caixa por candidatos e administradores de candidaturas que se encontram no poder. E é isso o que permite a avalanche de ações que tramita no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação de quase metade dos governadores eleitos no país. Com direito a protestos de inocência de quem quase nunca foi inocente e acusações de uso do permissível tráfico de influência entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo. Noticia-se agora que, passada a estafante eleição municipal, o TSE se prepara para julgar 11 governadores envolvidos com pedidos de cassação de seus mandatos, isto quase cumprida a metade dos mandatos de todos eles. Um sinal a mais de que a morosidade da justiça brasileira está bem longe de ser revogada. Entre estes governantes, a governadora do Maranhão, incluída em dois processos de pedidos de cassação, um deles movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares, sobre o qual está sentado há cinco meses o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com muito conforto, pois não demonstra qualquer disposição de levantar. No Maranhão, entretanto, o abuso de poder político e econômico foi escandaloso e não apenas pelos convênios ilegais denunciados pelo ex-governador, mas por ações localizadas de cabos eleitorais como a que implicou no pagamento de contas de água, luz e telefone de bairros inteiros de São Luís. Ninguém tem ideia do que dirá o parecer do procurador-geral da República sobre a cassação do mandato de Roseana, apesar da denúncia de que a demora em sua emissão faria parte de uma troca de favores com o senador José Sarney. O que se tem como certo é que a legislação eleitoral brasileira precisa de sérios ajustes, em primeiro lugar para que não se permita que governantes no exercício do mandato disputem eleições; em segundo lugar, para que o julgamento de um processo não se arraste ao bel-prazer do tráfico de influência. O poder que o senador José Sarney teria sobre a justiça brasileira é encarado quase que com fantasmagoria pela opinião pública. Principalmente depois do episódio da cassação do saudoso ex-governador Jackson Lago que na opinião de grande parte dos juristas foi injusta e obedeceu muito mais a conveniências políticas que a critérios técnicos e jurídicos. Seja lá como for, nos meios políticos maranhenses muita gente ainda deposita esperanças de que o grupo Sarney seja vencido por esse julgamento no Tribunal Superior Eleitoral e alguns até invocam o mensalão como exemplo de que a justiça brasileira tomou um rumo diferente e já é possível confiar em sua imparcialidade. Seria esta a principal razão de inquietude da grande maioria dos governadores incursos em processos de cassação. E Roseana Sarney também está com medo.

Um comentário:

  1. Anônimo08:43

    Abuso de poder em todas as esferas do Governo Roseana, sou mãe de aluno da Rede Estadual de Educação de Imperatriz e presenciel a Secretária de Educação loucamente perturbada porque as suas insanidades foram barradas pela Promotoria. Aquela senhora precisa de um tratamento psicológico com urgência, ela está doente. Ela precisa ser banida desse cargo politico arranjado e não conquistado que ela foi colocada. Coitado daquele Senhor que trabalha ao seu lado.

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