09/05/2012

Dirigentes sindicais discutem o papel do educador nas eleições de 2012


“A eleição não pode ser um movimento apenas da classe política”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro. Durante a reunião da direção estadual do sindicato realizada nesta última sexta-feira, 4, no auditório da Associação Comercial do Maranhão(ACM), o dirigente defendeu o protagonismo dos educadores nas eleições municipais de 2012. “A eleição é a disputar dos espaços institucionais e esses lugares precisam também ser ocupados pelos trabalhadores em educação”, ressalta.



A cinco meses das eleições municipais, os trabalhadores em educação são convocados pela direção do Sinproesemma para participar ativamente do processo eleitoral. Diante do contexto eleitoral, o presidente do sindicato destaca que são nas Câmaras Municipais que os trabalhadores encontram resistência de gestores que não têm compromisso com a educação, não aprovando projetos importantes para a categoria, como a construção de planos de cargos e carreiras que favoreçam a educação pública de qualidade. “Precisamos estimular nossos dirigentes e a categoria para elegermos locutores nas Câmaras Municipais”, lembra.



Outro tema discutido no encontro da diretoria foi o cumprimento da Lei do Piso nos municípios. Os sindicalistas alertam que os gestores que desobedecem a Lei nº 11.738, a qual determina a concessão de um terço da jornada de trabalho para atividades de planejamento e o pagamento do piso nacional do magistério, não merecem receber os votos dos educadores.



Estatuto do Educador


No encontro, os dirigentes também trataram sobre a demora do governo no encaminhamento da proposta do Estatuto do Educador à Assembleia Legislativa e o caos instalado na rede estadual de educação com a falta de professores nas escolas.



Os diretores cobraram a urgência do envio da proposta do Estatuto do Educador à Assembleia Legislativa do Maranhão, mas o governo insiste em ganhar tempo com sucessivos adiamentos e até o momento não se manifestou quanto ao envio da proposta, cuja revisão foi concluída há cerca de um mês. “Quanto mais demora, mais indignação é gerada na categoria. Não dá mais para postergar”, afirma Júlio Pinheiro.


Falta de professores


Diante da medida judicial que cancelou o seletivo simplificado do governo para contratação de professores sob regime de contrato temporário, em atendimento ao pedido do Ministério Público Estadual, o governo do Estado não tomou nenhuma providência para resolver o grave problema da falta de professores na rede estadual, que deixa sem aulas uma grande parcela de alunos do estado. Existem municípios onde o ano letivo de 2012 não teve início.



O concurso público anunciado pelo governo, com a promessa de publicação do edital em março deste ano, não foi convocado, e na última reunião entre a direção do sindicato e representantes do governo, o secretário-adjunto de Estado de Educação, Almir Coelho, não tinha informação a respeito do certame anunciado.





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