Na madrugada desta terça-feira(08), uma comissão de 12 índios representando todas as nove etnias acampadas na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) desde o dia 1º de novembro, estão indo à capital do país para sentar com o presidente do órgão, Márcio Freitas de Meira e discutir a lista de onze pontas da reivindicação.
Um dos pontos já foi aceito por Márcio Meira, o afastamento do coordenador regional da Funai do Maranhão, José Leite Piancó Neto. Piancó, como é chamado estava nessa função há dez anos. E por isso um outro ponto da lista, que os povos indígenas acham de extrema importância, uma auditoria feita pela CGU (Controladoria Geral da União) no órgão do Maranhão nos últimos dez anos com a participação dos povos indígenas.
“Nós só vamos desocupar o prédio depois da negociação e se formos atendidos. A auditoria é um dos pontos mais importantes, precisamos saber como foram gasto os recursos que vieram para nossos parentes”, diz Olímpio dos Santos Guajajara.
A ocupação
A Funai no Maranhão está ocupada há nove dias. O pátio da sede está com nove etnias de todo o estado do Maranhão e com aproximadamente 300 índios. A ocupação acontece de forma pacífica e os povos indígenas conseguiram o apoio da sociedade civil organizada. Representantes do movimento estudantil, da Defensoria Pública de Imperatriz, artistas, do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, do Centro de Direitos Humanos Padre Josimo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e várias pessoas aparecem para reforçar este apoio.
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