Via facebook, o ex-deputado federal,ex-tucano e ex-candidato a governador e a senador do Maranhão Roberto Rocha concedeu entrevista exclusiva e bombástica a este blogueiro. Com a habilidade de sempre Rocha morde e assopra o PSDB, avalia candidatura de Zé Reinaldo ao senado e fala de sua disputa com Flávio Dino pela liderança no Maranhão pós-Sarney.
A conversa foi meio que informal e segue na íntegra:
Carlos Hermes:Vou começar por Imperatriz
Carlos Hermes:Sua entrada no PSB pode significar que tipo de relação do partido com o prefeito Madeira?
Roberto Rocha:Madeira é do PSDB e eu sou do PSB. Tudo que puder fazer para fortalecer o PSB, eu farei.
Carlos Hermes:Isso significa que podes ajudar na composição de uma frente de partidos de oposição ao prefeito como PC do B, PDT e PT?
Roberto Rocha:Em princípio, PSDB e PSB são partidos aliados no plano estadual.
Todavia, é necessário compreender que os partidos existem para disputar o poder
de forma que, nas principais cidades trabalharemos na perspectiva de candidatura própria
mas, claro, cada caso é um caso.
Carlos Hermes:Em São Luís seu nome é cogitado como um possível candidato a vice-prefeito numa chapa com Flávio Dino dentro de um acordo para 2014. Isso procede?
Roberto Rocha:Não. O partido trabalha com a construção de uma candidatura a prefeito
PSB e PC do B estão juntos nesta construção.
Carlos Hermes:O senhor deixa uma história de vida pública no PSDB defendendo um projeto de país contrário aos governos Lula e Dilma. Como fica seu discurso a partir de agora?
Roberto Rocha:Meu Brasil é o Maranhão
Penso globalmente e ajo localmente
Carlos Hermes:Nacionalmente continuas com as mesmas posições e ideias?
Roberto Rocha:Na política, a mudança não é compulsória. Ela depende de gestos e riscos.
Estava numa situação muito desconfortável no PSDB.
O partido vive um momento de esclerose política. Se ganha em São Luis, reforça o que há de pior. Se perde, enfraquece no principal município do Estado.
Por outro lado, se ganha em Açailandia, reforça o que o partido tem de melhor.
Carlos Hermes:Imperatriz se encaixa nesse quadro?
Roberto Rocha:Fui de um extremo ao outro.
Carlos Hermes:Só mais uma pergunta deputado
Roberto Rocha:Fique à vontade
Carlos Hermes:Fala-se em intervenção no PSB de Imperatriz atualmente sob o comando de Eduardo Palhares. O que o senhor diz sobre isso?
Roberto Rocha:Não sei nada sobre isso.
Sou, em princípio, contra qualquer medida de força
Política é diálogo. O combustível da política é a saliva
Política é processo, convencimento e poder.
Carlos Hermes:Na sua saída do PSDB ficaram mágoas?
Roberto Rocha:Nenhuma
Não tenho magoas ou ressentimentos.
Tenho muitos amigos no PSDB, tanto no Maranhão como no Brasil inteiro.
Gosto muito do Aécio e do Geraldo, somos amigos.
Carlos Hermes:O senhor acha que o PSDB traiu a oposição se aproximando do governo Roseana?
Roberto Rocha:Não fosse EU, o PSDB já estaria com o Sarney desde 2002, vamos ver para frente
Carlos...
Carlos Hermes:O senhor foi acusado de favorecer o grupo Sarney e evitar a vitória de Zé Reinaldo ao senado. O que tens a dizer sobre isso?
Roberto Rocha:Se eu não tivesse saído candidato a governador em 2002, o partido teria coligado com o PFL de Zé Reinaldo, Roseana e Lobão. Veja bem, já tive quatro mandatos de deputado, na última eleição fui o mais votado do Maranhão.Tinha que disputar eleição majoritária, não poderia ir novamente para uma disputa proporcional. Lutei para unir a oposição em torno de um candidato ao governo e outro ao senado, propus a chapa Flavio para governador e Roberto Rocha para senador, nem Jackson nem Zé Reinaldo aceitou acabou saindo os dois infelizmente em chapas diferentes. Isso é como time de futebol só faz torcida entrando em campo tive quase 700 mil votos para senador 170 mil só na Ilha de São Luis, a mesma votação de Zé Reinaldo.
Carlos Hermes:Essa necessidade de uma candidatura majoritária, pode ser entendida como uma disputa velada com Flávio Dino para o futuro do Maranhão?
Roberto Rocha:Claro. Somos concorrentes geracionais, entenda: Se um vai para a disputa
é muito provável que o outro ir também vá.
Se eu tivesse sido candidato ao governo e ele o deputado mais votado ele estaria fora de 2014
e vice-versa. Só uma forma de se credenciar disputando a majoritária, principalmente executivo
ou seja, governador.
Carlos Hermes:No PSB, o senhor não acaba assumindo uma condição de coadjuvante da oposição?
Roberto Rocha:Por quê?
Carlos Hermes: Pelo Flávio, hipoteticamente, ter saído mais fortalecido para 2014.
Roberto Rocha:Claro que saiu, ele disputou uma eleição de governador, eu de senador
a diferença é muito grande. Aliás, senador está na conjuntura de governador e presidente
a minha era Jackson e Serra, aí você imagina...
Bom, do ponto de vista partidário você não pode comparar o PSB com o PC do B,
isso para contraditar que o PSB é coadjuvante.
Roberto Rocha:Creio que com minha entrada, o partido parte para o protagonismo político
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