05/01/2011

Segunda dama

Tirei essa charge do blog de Rui Porão, bem criativa, talvez um pouco preconceituosa, mas revela muito do que pensa a sociedade a respeito do temas que rodeiam o mundo do dinheiro, beleza feminina, poder e ambição. Claro que isso é o que está no inconsciente coletivo do povo, mesmo que se saiba que o contrário é bem possível e nesse caso, provável.
Um exemplo da compreensão senso comum disso, é o fato de me remeter ao filme Contos proibidos de Marquês de Sade, que se passa na França do século XVIII, no cenário da Revolução Francesa e das ideias liberalizantes que se chocam com o mundo tradicional e conservador da nobreza patriarcal.

No filme um médico de uma certa idade e de uma alta linhagem econômica escolhe para sua esposa uma linda noviça de 15 anos, preparada dentro do convento para o matrimônio encomendado. O caso causou um choque na sociedade falso moralista da época.

É claro que são contextos e situações completamente diferentes . Contudo o que trás de comum é o olhar julgador da sociedade, que segundo o filósofo francês Michel Foucault é a via jurídica da sociedade moderna que exige a manutenção dos padrões de valores.

No filme o final não é muito feliz para o médico que garante o luxo e o status social, mas não corresponde nos quesitos afetivos e sexuais, jogando assim a linda adolescente nos braços de um belo jovem arquiteto. É claro que a analogia não serve, por completo, para o vice presidente eleito Michel Temer, principalmente a parte final do filme. Espera-se.

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