18/03/2010

JOSÉ SERRA E A GREVE DOS PROFESSORES DE SÃO PAULO



Enviado pelo prof.Magno Urbano que em viagem de estudos à São Paulo fez observações daquele cotidiano.

Nota:

Professores da rede estadual de ensino de São Paulo fizeram na tarde de sexta-feira (12) uma passeata.O ponto de encontro foi na avenida Paulista.Por volta das 14 horas eles iniciaram uma assembléia no vão livre do MASP e decidiram manter a greve que se extende por uma semana.

Momento de tensão

Após a assembléia os docentes resolveram caminhar em destino à Secretaria de Educação do Estado, mas uma força especial da PM,com 300 homens municiados de espray pimenta,aparelho de choque elétrico e balas de borracha tentava impedir os professores de prosseguirem em passeata. Ocorreram agressões.Um professor teve a orelha decepada.Uma professora foi jogada ao chão.Mas os educadores venceram a barreira policial e prosseguiram entoando o Hino Nacional.

Participantes e reinvindicações

Os professores, em número estimado de 50 mil, oriundos de subsedes de várias cidades do interior lotaram as pistas da maior avenida de SP segurando faixas,cartazes e deixavam claro e em alto som as reinvindicações.Reajuste salarial de 34,3%, incorporação de gratificações cortadas,extensiva aos aposentados,plano de cargos e salários,garantia de emprego,validade de atestado médico,não descriminação mediante categorias, dentre as principais.

Histórico

Os 12 anos de governo do PSDB serviram para abandonar a educação no estado mais rico do pais.Escolas desaparelhadas e um salário nada animador para quem cursou uma graduação numa USP,Unicamp,Unesp ou outra conceituada universidade isso sem falar de profissionais titulados por Mestria ou Doutorado.
Para arrepio da vida material, um professor do ensino fundamental é remunerado com 785,50 reais. Um professor de ensino médio tem um piso de 909,32 reais. Em fim de carreira o salário chega a 1.153,21.

Serra vai mal

Uma das faixas conduzidas na passeata dizia o seguinte:SERRA VOCÊ NÃO SOUBE CUIDAR DA EDUCAÇÃO.NÃO VAI SABER CUIDAR DA NAÇÃO!Tal frase ecoa da falta de habilidade do governador de SP.Tal governo não aceita reclamações,não atende entidades.Coloca polícia para repremir o movimento e garante nos canais de informação que menos de 1% dos professores estão parados e a greve tem cunho político.

Inferno astral

Como se não bastasse os educadores cutucando o fragil calcanhar de Aquiles do Serra.A UDEMO composta por 5.000 diretores e agentes educacionais decreta nesse dia greve.O mesmo fazem os profissionais da saúde e a polícia civil.

9 comentários:

  1. Anônimo11:46

    A meta desses camisas vermelho é produzir uma tempestade de calúnias via imprensa patrocinada por eles, buscando desestabilizar o governo de Dr.José Serra rumo à presidencia!
    Os salários são dignos de qualquer país de primeiro mundo.As condições físicas de trabalho,modernas e inovadoras.

    Hariovaldo Augusto Arruda Prado(SP)

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  2. Anônimo11:47

    Seria melhor privatizar as escolas, assim o gov. não teria problemas.

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  3. Anônimo11:54

    Por um acauso Socratis, na grécia antiga tinha carteiras e salas de aula? Logicamente que naum, nem porisso deixou de fazer discipulos como Pratão!
    Se o professor for bom mesmo ele dá aula com qualquer salário e até debaixo de uma mangueira como disse Fernando Enrique.

    Tucano De Coturno Verde Oliva

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  4. Anônimo12:15

    (Ação Integralista Brasileira)
    Coturno vc sistematizou bem a teoria do Estado Integral.Filinto Müller ficaria orgulhoso do teu pensamento.
    Divulgue um levante integralista para derrocada desses grevistas.
    A ordem é:todos na rua com suas camisas e capacetes verde-oliva!
    Não esqueça o cumprimento, com o braço esticado e a mão espalmada...
    Anauê!!!!!

    Borduna de Camisa Rubra Bolchevique

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  5. Sou professor grevista e muito me admira que ainda há pessoas que acham que professor reclama de barriga cheia.
    Por que nao vão dar aula para 50 alunos numa sala apertada, sem ventilação e com material didático errado mandado e impresso pelo governo?
    É uma greve política sim!!! Somos todos coadjuvantes, durante todo o dia em qualquer ocasião!
    Trabalho em 2 escolas, dou cerca de 11 aulas diárias para cumprir com meus compromissos financeiros, que são os básicos.
    Sócrates nao precisou de carteiras nem sala de aula, mas a sociedade em que ele pertencia era aberta a discussão, a críticas... algo que nao acontece hoje.
    Ela não ministrava aula para 50 alunos, ministrava?
    Ele tinha que cumprir com uma apostila impressa pelo governo, fechada, irredutível e absurda? Acho que não...
    Então, antes de crucificar-nos, coloquem-se em nossos lugares, enquanto formadores de opinião.
    Temos salário de primeiro mundo? Em que mundo você vive, Hariovaldo? Me dê o endereço!
    Condições físicas modernas e inovadoras? O N D E ?!
    Realmente alguns de vocês apenas passaram pela escola pública (ou não a cursaram).
    "Fácil ser pedra... difícil é ser telhado"
    Prof. Bruno Nascimento Pereira (Pilar do Sul-SP)

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  6. Anônimo20:59

    O bicho vai pegar nesta sexta,dia 19!!!!!!!!!!!!!!!!

    A polícia civil e a saúde vão fazer parte da passeata dos professores com uma greve unificada.

    Prometem colocar nas 6 pistas da av. Paulista 200 mil grevistas e seus familiares.(um milhão de votos a menos pro Serrote Alagão)!


    Tá na hora de Serra retirar sua candidatura e continuar como governador inimigo do funcionalismo.

    Breno Marcondes(Penha-São Paulo)

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  7. Anônimo21:01

    Cara teu blog tá bombando.
    Até cara de Sampa tá postando aí!

    Pierre Proudhon

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  8. Anônimo12:39

    Com permissão do dono do Blog,prof.Carlos Hermes,parabenizo os professores de SP.Parabenizo destacadamente o prof.Bruno Marcondes de Pilar do Sul-SP.

    Trilhei por 15 anos o ensino público em SP na época do nefasto inimigo da educação Paulo Maluf e outros descompromissados governadores.

    Pelo que percebo a história hoje é pior.O PSDB de Covas,Alckmin,Lembo
    e Serra sim,conseguiram sim,esfacelar sim,nessas últimas décadas, a educação, nos moldes do mesmo liberalismo que quase afundou os EUA.

    O retarato fiel da escola paulista nos vícios liberalistas acaba por revelar um quadro dantesco; com as escolas fechadas,os alunos em casa e os professores nas ruas.

    Ressalto que esse insólito cenário descortina a luta pelo alcance de uma escola pública que consiga dotar a população de um mínimo de saber compativel com uma vida digna.Esse mínimo também consiste em melhoria salarial.

    O resto é conversa pra tucano dormir!

    Fraterno abraço

    prof.Magno Urbano

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  9. Anônimo14:03

    Fico indignada com a visão que algumas pessoas tem sobre a educação. Será que os filhos da classe dominante querem que seus filhos sejam educados sob uma mangueira ou este tipo de educação é destinado aos filhos das classes trabalhadoras, com o objetivo que seus filhos sejam sempre trabalhadores que não possuem acesso as riquezas do país. Posso concluir que comentários relacionados a privatização do ensino e negação do direito dos profissionais da educação de lutar por condições dignas de remuneração só pode ser feita por pessoas que desconhecem as verdadeiras causas desta greve. Quanto as declarações de que este é um movimento político, digo que tudo é político, inclusive a própria educação.

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