20/10/2009

GABRIEL O PENSADOR


Com todos os elogios que merece a organização do Salimp, uma coisa é preciso dizer, pecaram na organização da palestra do poeta e compositor Gabriel Pensador, ocorrida na noite de hoje.

Toda a cidade esperava o artista, estava claro que o local da palestra deveria ser o mais aberto possível.Não foi. Além de pequeno o auditório preparado para o evento, colocaram um telão na entrada do Centro de Convenções cujo volume muito baixo causou reclamações da multidão presente.

Fora do auditório se ouvia reclamações de privilégios à algumas "autoridades" e algumas poucas escolas particulares da cidade. Não sei se houve isso ou não, mas que a reclamação existiu, existiu, eu estava lá, vi e ouvi. E como diz o dito popular,onde há fumaça há fogo.

Fora isso, o pensador deu show de carisma, falando, com seu jeito esculachado, dos bastidores de suas poesias, que quase sempre envolvia seu olhar sobre os contrastes sociais e sua relação pessoal e familiar com pessoas e comunidades pobres dos Morros do Rio de Janeiro e do Brasil.

Gabriel recitou poesias, cantou, mostrou vídeos de seus shows e momentos de rebeldia e inspirações. Deixando claro que mesmo sendo de origem rica, filho de uma jornalista famosa no país, não se tornou um típico playboy, filhinho de papai alienado. Desde cedo passou essa mensagem de solidariedade, indignação com as injustiças e luta por um país minimamente justo.

Me lembro que no movimento Fora Color, há 19 anos, o pensador e suas músicas foram o símbolo da rebeldia da juventude. É bom ver que a mente do cara não envelheceu.

2 comentários:

  1. só posso dizer que foi uma palhaçada o que fizeram com a população de Imperatriz e região tocantina. Faz-se uma divulgação midiática enorme para a recepção e audição do genial Gabriel Pensador e limita-se isso a um local do tamanho do compromisso dos organizadores do evento com as pessoas de bem e boa vontade desta cidade. Eu particularmente não fui porque conhecendo essas práticas fisiologistas sabia que seria assim mesmo, exclusão e elitismo no evento, alem disso em Palmas-To os livros são muito baratos aqui os livros estão pela hora da morte ficando evidente que cultura no Brasil (dos organizadores) ainda é produto para burguês ter acesso. Cuidado senhores porque "os palhaços" podem tirar o nariz vermelho e vestir a bandeira vermelha a luta deve continuar!!!

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  2. Copanheiro Meceno,

    realmente vc tem razão, os presos dos livros estão altos, o que exclui a maioris dos que realmente gostam de ler.

    A cultura burguesa sempre foi um braço do capital.

    Livros precisam estar ao alcance do povo,aí poderemos nos orgulhar de sermos capital do livro,mesmo por uma semana.

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