Prédios Irregulares, terrenos e casas
abandonadas nortearam o debate
O debate foi requerido devido
às enchentes provocadas pelas chuvas intensas que aconteceram até o começo de
março. Mesmo com as perdas sofridas, observa-se a insistência em levantar
prédios em locais inadequados. O secretário de Meio Ambiente argumentou que a
estrutura de pessoal que dispõe é insuficiente e que, nos próximos dois meses,
a prefeitura chamará os concursados na área.
De acordo com Seba, a
construção à margem de riachos é cultural – “Temos que fazer um processo
informativo e instruir a população a procurar os órgãos responsáveis e saber da
regularidades das obras”. Já o chefe da Defesa Civil lembrou que a fiscalização
e cumprimento da legislação deve ser dividido entre sociedade e Poder Público, já
que todos são atingidos.
Chagas reclamou da burocracia
que enfrenta para resolver irregularidades antigas, especialmente porque há, em
muitos casos, apadrinhamento político. Ele apontou o exemplo de um imóvel na
Avenida JK, próximo à Escola Estadual Pedro Ferreira. Embargada desde o
princípio, a obra foi concluída em detrimento da influência do proprietário.
Representando a sociedade
civil, Luís Armando descreveu a mobilização do povo durante as chuvas. Fazendo
o papel do governo, os moradores foram às ruas para coletar o lixo em
decorrência do entupimento dos bueiros. Já o jornalista Claudir Porcinio
lamentou a falta de padronização das calçadas que prejudica, principalmente,
aqueles que têm dificuldade de locomoção.
Aponta-se que uma média de 90%
dos imóveis à beira dos riachos Bacuri, Cacau, Santa Tereza e Capivara têm
registros. Mesmo com a maioria das construções existindo há mais de 20 anos, é
importante questionar quem as autorizou já que, inevitavelmente, os alvarás
devem ser expedidos pelo Executivo.
Juliana Carvalho
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