Os
incêndios na Terra Indígena (TI) Arariboia, na região central do Maranhão, foi
controlado nesta semana por brigadistas, de acordo com o Centro Nacional de
Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Reserva Arariboia (Foto: Reprodução G1/MA) |
Dos
413 mil hectares de Floresta Amazônica, 220 mil hectares foram consumidos pelo
fogo, um total de 53,2% da reserva, segundo o Ibama. No entanto, garante o
órgão, a parte mais preservada da TI Arariboia não foi atingida.
De acordo com o chefe do
Prevfogo, Gabriel Zacharias, 90% dos focos foram extintos na reserva e 10%
estão cercados. “Vamos permanecer na região para monitorar a situação e ajudar
na construção de casas que foram destruídas”, diz.
Nesta sexta-feira (30), equipes
novamente sobrevoam a região para fazer um levantamento mais preciso dos focos
de queimadas. Um dos coordenadores da Operação Awá, José Carlos Morais, explica
que mesmo com a linha de controle considerada pelo Ibama, as chamas só serão
totalmente controladas com a chegada do período chuvoso.
“Como a área afetada foi
muito grande, só vai ser possível a extinção total com a chegada das chuvas”,
esclarece. A garantia do Ibama é que os focos já controlados não irão avançar
em direção à reserva.
Fiscalização
A nova fase da operação é a identificação dos suspeitos pelos incêndios. “Eu entendo que o mais difícil foi justamente não saber as consequências e as causas desses incêndios. Tem que ser feito um levantamento próprio, uma investigação para identificar causas e origens e trabalhar para futuros anos. A gente não pode ficar trabalhando só no incêndio, e sim nas consequências deles e evitar que isso aconteça novamente. O Ibama deve promover essa perícia para que se descubra e se penalize quem fez isso”, afirma o coordenador da Operação Awá, José Carlos Morais.
A nova fase da operação é a identificação dos suspeitos pelos incêndios. “Eu entendo que o mais difícil foi justamente não saber as consequências e as causas desses incêndios. Tem que ser feito um levantamento próprio, uma investigação para identificar causas e origens e trabalhar para futuros anos. A gente não pode ficar trabalhando só no incêndio, e sim nas consequências deles e evitar que isso aconteça novamente. O Ibama deve promover essa perícia para que se descubra e se penalize quem fez isso”, afirma o coordenador da Operação Awá, José Carlos Morais.
Os madeireiros são apontados
como os principais responsáveis pelo início das queimadas na região.
Operação Awá
Mais de 300 brigadistas do Prevfogo/Ibama, Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA) e Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Exército Brasileiro trabalham na Operação Awá, iniciada em 24 de setembro.
A operação mobilizou seis helicópteros
– sendo três do Ibama, um do Estado do Pará,
outro do Maranhão, além de um da mineradora Vale –; de dois aviões do ICMBio;
e 20 mil litros de um produto retardante – que atrasa a evaporação da água –
enviados pelo governo do Chile.
Cerca de 12 mil índios da
etnia Guajajara e 80 da Awá-Guajá estiveram ameaçados. Um dos objetivos foi
proteger a aldeia Awá-Guajá, de índios nômades e uma das últimas do planeta sem
contato com a civilização. “Com certeza houve um trauma em função de toda uma
agitação, movimentação de aeronaves, aviões, helicópteros, gente. Isso a gente
sabe que vai causar algum trauma e a Funai deve trabalhar essa questão junto aos
índios”, explica José Morais.
Essa foi uma das maiores
operações do Ibama contra focos de incêndio em território nacional. “A gente já
participou de operações muito maiores, como as de Roraima, onde a área queimada
é quase oito vezes maior do que essa, mas é mais preocupante em função dos
indígenas”, finaliza o coordenador.
Fonte: G1-MA
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