07/02/2015

Quebradeiras de coco apresentam Conselho Comunitário da Estrada do Arroz

Unir-se para buscar melhorias. Este é um dos objetivos do Conselho Comunitário das Quebradeiras de Coco Babaçu da Estrada do Arroz, que compreende os municípios de Imperatriz, Cidelândia e Senador La Rocque. O conselho tem representantes dos povoados de Altamira, São Félix, Coquelândia, Olho D’Água dos Martins, Açaizal e São José da Matança; além das Reservas Extrativistas de Ciriaco e Mata Grande. 

Conselho comunitário fortalece a luta das quebradeiras  ( Paula de Társsia)
O conselho foi apresentado à comunidade nessa semana.  Presente na solenidade, o vereador Carlos Hermes ressaltou que é por meio da organização popular que ocorrem as mudanças e as conquistas “Eu me sinto orgulhoso de participar de um momento como este. Vemos aqui o resultado de anos de luta em prol das garantias de direitos de vocês. A comunidade está de parabéns  por se organizar, pois, juntos terão muito mais avanços”.

Para muitas mulheres destes povoados, a comercialização de produtos derivados do coco babaçu é um auxílio nas despesas domésticas ou mesmo, para algumas, é a única fonte renda. Este é o caso de Matilde de Sousa, 50 anos, que desde os dez trabalha quebrando coco. “Eu sou quebradeira, e esta é a minha profissão! Algumas vezes somos desvalorizadas, mas, eu fico muito orgulhosa quando vejo o azeite, o sabão, o mesocarpo, o carvão, frutos do meu trabalho, sendo o meu sustento”.



Dona Matilde enfatizou ainda que o conselho fortalecerá a luta das quebradeiras da localidade. “Juntas vamos buscar melhorias para as nossas comunidades, ver qual é a demanda de cada uma, para produzirmos mais e ver nossos produtos sendo levados para outros estados; e também para outros países. Sejam demandas de máquinas ou cursos de aperfeiçoamento, porque queremos trabalhar com o artesanato também, a luta não será uma ação isolada, mas de todos nós”. 

O Conselho de Desenvolvimento Comunitário é uma parceria das quebradeiras com a Suzano Papel e Celulose, no intuito de transformar a realidade socioeconômica das comunidades, por meio de uma cultura empreendedora. Foram meses de discussões e levantamentos sobre as necessidades de cada comunidade, para que, seja dada a contrapartida da Suzano e também envolver outras organizações para potencializar as ações. 

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