Professores da rede estadual e municipal de ensino deixaram
a sala de aula e se reuniram para cobrar melhores condições de ensino e
aprendizagem. A nível nacional, as
atividades acontecem em três dias (17,18 e 19), mas em Imperatriz os educadores
optaram apenas por um dia: segunda-feira (17).
Os trabalhadores discutiram o cumprimento da lei do piso,
carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da
categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), destinação de
10% do PIB para o ensino público e contra a proposta dos governadores que
pretende utilizar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para
atualização do Piso Nacional do Magistério.
A programação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) e Sindicato dos Trabalhadores em
Estabelecimento de Ensino em Imperatriz (Steei), teve início com a
palestra do professor Francisco Almada, sobre o PNE. “Essa é uma bandeira de
luta nossa e a sociedade entendendo o conteúdo vai se mobilizar em apoio”,
disse o coordenador regional Sinproesemma,
André Santos.
“Quando falamos de
Plano Nacional de Educação, falamos de mais investimento na educação para que
tenhamos mais condições de trabalho e de aprendizagem”, acrescentou. Já para o
presidente do Steei, Wilas Moraes, o evento foi uma oportunidade de mostrar à
sociedade e à categoria que há condições de mais investimentos para proporcionar
um ensino de qualidade. Ele falou ainda da luta por melhores salários. “No mês
de março é a nossa data base e até agora não fomos chamados para conversar.
Depois quando vamos para a greve, somos chamados de radicais”, completou.
Na oportunidade, o
vice-presidente do Sinproesemma, o professor Carlos Hermes, lembrou as
principais necessidades locais da classe. “Temos demandas seríssimas que
precisam ser conquistadas: A experiência do ano passado, com o Município [sobre a luta dos educadores por melhores salários] precisa ser revertida. No âmbito estadual, há uma tentativa de esvaziar as escolas, principalmente no turno noturno e ainda tem a questão das eleições dos diretores”, detalhou. Sobre o assunto, Francisco Almada fez uma reflexão. “O número de habitantes em Imperatriz cresceu e o número de escolas, não. Então, pergunta-se, por que não há alunos?”.
Na parte da tarde, os educadores estiveram reunidos na Praça
de Fátima. O professor Edmilson Miranda mencionou os boicotes que a ensino
público vem sofrendo nos últimos anos. “É lamentável termos que vir para a
praça para cobrar o que já deveria ser garantia. Estamos obrigados a está
periodicamente na rua para dizer que a educação está sendo boicotada”.
Saiba mais sobre o
Plano Nacional de Educação - O
projeto de lei que cria o PNE foi enviado ao Congresso em 15 de dezembro de
2010. A intenção é que ele tivesse vigor de 2011 a 2020, mas até agora não
houve aprovação. O documento contempla todos os níveis, modalidades e etapas
educacionais e prevê formas da sociedade monitorar e cobrar as conquistas
previstas.
Entre as metas do
Plano, está a busca ativa de pessoas em idade escolar que não estejam
matriculadas em instituição de ensino. Iniciativas como essas, iriam resolver
questões como o esvaziamento das salas de aulas, problema que tem sido
recorrente em Imperatriz. O resultado é o fechamento de diversos turnos, a
exemplo do Delahê Fique, na Vila Lobão.
“O que vemos é a clara intenção de sucatear o ensino público para fortalecer o
setor privado”, defendeu Hermes. O projeto estabelece ainda estratégias para
alcançar a universalização do ensino de quatro a 17 anos. (Assessoria de
Imprensa – Sinproesemma)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade e seja bem vindo ao debate!