17/03/2014

Professores paralisam as aulas para discutir a implantação do Plano Nacional de Educação

Professores da rede estadual e municipal de ensino deixaram a sala de aula e se reuniram para cobrar melhores condições de ensino e aprendizagem.  A nível nacional, as atividades acontecem em três dias (17,18 e 19), mas em Imperatriz os educadores optaram apenas por um dia: segunda-feira (17).
Os trabalhadores discutiram o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE), destinação de 10% do PIB para o ensino público e contra a proposta dos governadores que pretende utilizar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para atualização do Piso Nacional do Magistério.

A programação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) e Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino em Imperatriz (Steei), teve início com a palestra do professor Francisco Almada, sobre o PNE. “Essa é uma bandeira de luta nossa e a sociedade entendendo o conteúdo vai se mobilizar em apoio”, disse o coordenador regional Sinproesemma, André Santos.
“Quando falamos de Plano Nacional de Educação, falamos de mais investimento na educação para que tenhamos mais condições de trabalho e de aprendizagem”, acrescentou. Já para o presidente do Steei, Wilas Moraes, o evento foi uma oportunidade de mostrar à sociedade e à categoria que há condições de mais investimentos para proporcionar um ensino de qualidade. Ele falou ainda da luta por melhores salários. “No mês de março é a nossa data base e até agora não fomos chamados para conversar. Depois quando vamos para a greve, somos chamados de radicais”, completou.
Na oportunidade, o vice-presidente do Sinproesemma, o professor Carlos Hermes, lembrou as principais necessidades locais da classe. “Temos demandas seríssimas que

precisam ser conquistadas: A experiência do ano passado, com o Município [sobre a luta dos educadores por melhores salários] precisa ser revertida. No âmbito estadual, há uma tentativa de esvaziar as escolas, principalmente no turno noturno e ainda tem a questão das eleições dos diretores”, detalhou.  Sobre o assunto, Francisco Almada fez uma reflexão. “O número de habitantes em Imperatriz cresceu e o número de escolas, não. Então, pergunta-se, por que não há alunos?”.
Na parte da tarde, os educadores estiveram reunidos na Praça de Fátima. O professor Edmilson Miranda mencionou os boicotes que a ensino público vem sofrendo nos últimos anos. “É lamentável termos que vir para a praça para cobrar o que já deveria ser garantia. Estamos obrigados a está periodicamente na rua para dizer que a educação está sendo boicotada”.
Saiba mais sobre o Plano Nacional de Educação - O projeto de lei que cria o PNE foi enviado ao Congresso em 15 de dezembro de 2010. A intenção é que ele tivesse vigor de 2011 a 2020, mas até agora não houve aprovação. O documento contempla todos os níveis, modalidades e etapas educacionais e prevê formas da sociedade monitorar e cobrar as conquistas previstas.

Entre as metas do Plano, está a busca ativa de pessoas em idade escolar que não estejam matriculadas em instituição de ensino. Iniciativas como essas, iriam resolver questões como o esvaziamento das salas de aulas, problema que tem sido recorrente em Imperatriz. O resultado é o fechamento de diversos turnos, a exemplo do Delahê  Fique, na Vila Lobão. “O que vemos é a clara intenção de sucatear o ensino público para fortalecer o setor privado”, defendeu Hermes. O projeto estabelece ainda estratégias para alcançar a universalização do ensino de quatro a 17 anos. (Assessoria de Imprensa – Sinproesemma)

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