27/03/2014

Câmara Municipal: Servidores estão insatisfeitos com prefeitura

Presidentes dos Sindicatos Municipais
dos Agentes Comunitários, da Saúde e da Educação
        A Audiência Pública realizada nesta quinta (27), pela tarde, ganhou caráter coletivo. Além de trazer as reivindicações dos servidores da saúde, como estava previsto, reuniu trabalhadores da educação, agentes comunitários e conselheiros tutelares. Mesmo com a presença de sindicatos, associações de moradores e outras entidades, apenas quatro vereadores compareceram.
            Próximo ao prazo para negociação de reajustes salariais (data base), o prefeito se nega a sentar com os sindicatos. A presidente do Sindicato da Saúde de Imperatriz, Margarida Nunes, resgatou a relação dos servidores com Sebastião Madeira que, depois da greve de 2009 (a primeira de grande repercussão depois de 1999), não dialogou mais com a classe.

            De acordo com Nunes, o governo municipal ouviu somente os agentes de trânsito, que ameaçaram parar de receber multas e arrecadar. Os funcionários pedem melhores salários, alimentação com aporte nutricional adequado e espaços para repouso. Foram feitas ainda denúncias graves de precariedade de contratos, escalas triplas e abuso de poder na nomeação de cargos de chefia e confiança.
Representantes do MP, defensoria, Câmara e sindicatos
            “Hoje a gente não sabe o que vai receber. Não há uma resposta concreta”, afirma Valdemir Alves, que preside o Sindicato dos Agentes Comunitários. Alves informa que a cidade tem uma média de 320 agentes, quando deveria ter 600 e que “a saúde da família aqui é uma farsa”. Para o defensor público Fábio Carvalho, é necessário criar um sentimento de união -“ninguém terá coragem de enfrentar o gigante acordado dos trabalhadores que são pisados todos os dias”.
            Representando os conselheiros tutelares das áreas I e II, que estão em greve, Maria Florismar mostrou indignação com a postura do prefeito, que encaminhou um despacho para que o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente não os apoiasse. Em seguida, os próprios grevistas receberam o aviso de que seriam destituídos caso continuassem. “É mais fácil para eles perseguirem do que dar dignidade aos trabalhadores”, lamentou.
            Questionado sobre a presença dos parlamentares, Carlos Hermes (PCdoB) esclareceu que é difícil fiscalizar o governo com apenas quatro vereadores de oposição e que conta com o apoio da classe operária -“O Executivo tem que ter resposta dos funcionários. Não é possível que ele passe por cima dos trabalhadores com um rolo compressor e fique por isso mesmo. Precisamos das categorias organizadas e conscientes aqui, na Câmara, cobrando”.

Juliana Carvalho 

A maioria dos parlamentares não ouviu os trabalhadores




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