Entre as vítimas estão duas crianças, de 8 e 13 anos, e um homem.
O veículo foi cedido pela Prefeitura de Itacajá e o motorista fugiu do local.
Caminhão que carregava indígenas tombado |
Um acidente entre os municípios de Barra do Ouro
e Itacajá, nordeste do estado, por volta das 21h, desta segunda-feira
(14), matou três índios e deixou 60 feridos. Cerca de 75 indígenas eram
transportados em um caminhão da Aldeia Nova, que fica em Goiatins, com destino à Itacajá. Eles iriam participar da 9ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais.
O motorista perdeu o controle do veículo e tombou na BR-010, onde cerca
de 70km não são pavimentados. A maior parte das pessoas foi arremessada
para fora da pista. Entre as vítimas, duas crianças, de 8 e 13 anos e
Valdir Krahô, de 35 anos. Ana Catôco Krahô perdeu o marido e a filha no
acidente. Ela conseguiu salvar apenas a outra filha, Isabela, de 8
meses.
O cacique da Aldeia Nova, Aroldo Krahô, contou que o caminhão foi
cedido pela Prefeitura de Itacajá e, de acordo com ele, o motorista
dirigia em alta velocidade e, após o acidente, fugiu do local. A
suspeita é de que o motorista estava alcoolizado.Os pneus traseiros
também estavam carecas. "Saiu do caminhão [o motorista] aí ninguém sabe
se foi para a cidade."
As vítimas foram socorridas com a ajuda de carros particulares e
ambulâncias de cidades vizinhas, 56 pessoas foram hospitalizadas, sendo
27 no Hospital de Referência de Araguaína, 20 ainda estão internados, e
29 pessoas foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do
setor Araguaína Sul, 17 estão em observação. Quase a metade dos
atendidos eram crianças entre dois e 12 anos. Os corpos das vítimas
foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Araguaína.
A prefeitura de Itacajá diz que recebeu um ofício da Fundação Nacional
do Índio (Funai), na semana passada, solicitando um caminhão, em um
período de cinco dias, que seria utilizado para carregar materiais para
as aldeias e não pessoas. A prefeitrura afirma ainda que não sabia que
os índios seriam transportados no caminhão. A Funai foi contactada e
ainda não respondeu as solicitações.
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