01/07/2013

Morte do historiador Ciro Flamarion Cardoso

Faleceu no sábado, 29, Ciro Flamarion Cardoso, 70 anos, um dos mais categorizados historiadores brasileiros. Ele nasceu em Goiânia, em 1942, e fez sua carreira acadêmica no Rio de Janeiro (graduação em história), na França (doutorado em História, na Université de Paris X, Nanterre) e nos Estados Unidos (pós-doutorado, na New York University). Ele era professor da Universidade Federal Fluminense.
Ciro era um historiador competente, pesquisador nato no campo da história antiga e medieval, especializado em egiptologia. Mas também era aquele historiador do tipo pensador, ou seja, contribuía com seus livros, como “Os Métodos da História” (em parceria com Hector Perez Brignole), para o estudante e o historiador pensarem sobre o seu trabalho. Noutras palavras, ele ensinava a pesquisar, mas também a pensar. Ele é autor de “Trabalho Compulsório na Antiguidade” e “Sete Olhares sobre a Antiguidade”.
Na década de 1980, polemizou com outros historiadores – como Jacob Gorender, um historiador não-acadêmico – sobre o “modo de produção escravista colonial”. Não fugia aos debates.
No Facebook, Carlos Fico, especializado na história da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), lamenta a morte do “grande historiador”. “Erudito, grande consistência teórica, pesquisador de temas variados e notável professor. Devo a ele ensinamentos que me são úteis diariamente, sem exagero”, frisa Carlos Fico

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