Fonte: Sinproesemma
A
greve dos trabalhadores da rede estadual de educação continua e ainda
não há acordo que favoreça o fim do movimento. Foi essa a avaliação da
direção do Sinproesemma feita na noite desta terça-feira (14), após o
encerramento da reunião com o governo para tratar de acertos legais
relativos a pagamentos da dívida do Estado com a categoria.
“Houve
um elemento surpresa apresentado pelo governo que deve estender a
negociação”, explica o presidente do Sinproesemma Júlio Pinheiro,
informando que o governo quer transformar o reajuste de 4% em percentual
de URV. “É uma casca de banana que estava contida na proposta do
estatuto e com a qual não concordamos, pois a URV não pode ser moeda de
troca e nem pode estar contida em negociação de estatuto, porque é um
direito líquido e certo. Deixamos isso bem claro na reunião”, ressalta
Pinheiro.
De acordo com explicações do presidente, a proposta do
governo é fazer o reajuste de 7,97% nos salários das primeiras classes
da tabela (1ª e 2ª) e deixar a classe 4 (a 3ª na nova estrutura) sem
reajuste, que estaria sendo substituído pela URV. A direção do
sindicato considerou a intenção do governo um “absurdo inaceitável”.
Diante
do impasse, a negociação foi suspensa até a tarde desta quarta-feira
(15), quando deverá acontecer mais uma discussão entre governo e
sindicato.
Reducão da jornada
A
posição do governo em retirar a redução da jornada dos professores com
mais de 50 anos e mais de 20 de serviço na rede também foi duramente
questionada pelo sindicato. O tema também deve voltar a ser discutido na
próxima negociação.
Avanços
Quanto
à proposta de pagamento das progressões, promoções e titulações, foi
elaborado um acordo que será incluso nos autos do processo que cobra
esses direitos dos educadores, que são negados pelo Estado há quase 20
anos, quando foi aprovado o primeiro estatuto da categoria.
O
governo concordou em assinar o acordo que define, inclusive, datas para o
pagamento da dívida, sendo o mês de agosto de 2013 a data marcada para
pagamento das promoções e titulações e o escalonamento das progressões
para os anos de 2014, 2015 e 2016, favorecendo, inicialmente, os
professores que estão aptos à aposentadoria.
Assembleias regionais
A
orientação da diretoria do Sinproesemma é que todas as assembleias
regionais, marcadas para esta semana, se transformem em reuniões de
avaliação da greve e de informes à categoria sobre o andamento das
negociações, a exemplo do que houve com a assembleia da regional de São
Luís. “Só poderemos tomar decisões após o encerramento da negociação.
Por enquanto, a greve continua”, conclui o presidente do sindicato,
Júlio Pinheiro.
COMENTÁRIO DO BLOG: Em conversa com o companheiro André Santos, que representou Imperatriz e região tocantina na mesa de negociação com o governo, ouvi dele que o sindicato não aceitando a proposta de retirar a redução da carga horária em 50% após os 50 anos de idade ou 20 de carreira, admitiu aceitar diminuir para de 30% da carga horária nas condições acima citadas. A equipe do governo teria ficado de levar a contrapoposta para a apreciação da governadora.
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