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O povo venezuelano escreve a sua história com o luto vermelho que hipnotiza os olhos do mundo há quatro dias. A comoção popular em todo o país questiona a mídia e dá a Chávez a dimensão política transformadora que o conservadorismo nunca lhe conferiu. A própria esquerda, uma parte dela, foi colonizada em alguma medida, neste caso, pelo preconceito que sempre criticou. Quando Chávez desaparece, o buraco mostra que era maior do que se imaginava. A auto-crítica não o penitencia dos defeitos e erros.
A ausência de um legado institucional, na forma de um partido enraizado, com forte capilaridade popular, capaz de assegurar o comando do processo venezuelano quando o tempo enxugar as lágrimas e as ruas, é um exemplo. Mas que não sanciona as expectativas de quem só enxerga o movimento da história quando protagonizado por partidos perfeitos, um povo culto e engajado e lideranças saídas de uma biblioteca marxista.
Ou seja, a revolução onde ela não é necessária. Esse enredo está em falta no mercado do século 21. Talvez nunca tenha existido, de fato. Mas a miséria e a desolação que o justificariam continua em vigor nos grandes aglomerados urbanos e na solidão rural da América Latina. Seus protagonistas enxergam antes do olhar refinado as brechas para romper o calabouço da exclusão. Cabe entender o potencial dessas irrupções. E contribuir com o debate capaz de adicionar um passo adiante ao vigor do que se assiste agora, por exemplo, nas ruas de Caracas. Filas de até nove horas de espera no adeus ao líder bolivariano obrigam o governo a adiar o sepultamento marcado para esta 6ª feira. As fotos publicadas por Carta Maior, abaixo, falam mais que mil palavras. Sobretudo, dão voz a um sentimento e a um anseio trasformador que o jornalismo dominante negou e ocultou até hoje. Agora não consegue mais esconder. Nem explicar.
Nicolás Maduro, o preferido de Brasil e Argentina
O ex-dirigente sindical do sistema de transporte de Caracas e membro do núcleo dirigente do Partido Socialista Unificado da Venezuela Nicolas Maduro foi o interlocutor mais frequente de líderes estrangeiros depois de Chávez. Se ele ganhar a presidência, será o terceiro sindicalista a chegar ao poder na América do Sul. Por Martín Granovsky, do Página/12
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Um relato sobre a multidão vermelha faz história
Acima, vemos a multidão vermelha (foto) que tomou as ruas de Caracas para se despedir de Chávez. Do alto, imagem que impressiona. Mas é preciso baixar à rua e olhar a história da América Latina para compreender de que multidão se trata. Por Rodrigo Vianna, de Caracas
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Acima, vemos a multidão vermelha (foto) que tomou as ruas de Caracas para se despedir de Chávez. Do alto, imagem que impressiona. Mas é preciso baixar à rua e olhar a história da América Latina para compreender de que multidão se trata. Por Rodrigo Vianna, de Caracas
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Homenagens a Chávez: imagens que falam por si
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