07/11/2012

PSOL deve aceitar doação de bancos e de empreiteiras, diz prefeito eleito de Macapá


FERNANDO RODRIGUES

DE BRASÍLIA



O primeiro prefeito eleito do PSOL em uma capital, Clécio Luís, 40, disse que o seu partido deve considerar receber doações financeiras de empreiteiras e de bancos. Embora seja favorável a financiamento público na política, ele acredita que a legenda precisa rever o conceito inscrito em seu programa que a impede de aceitar dinheiro de grandes empresas.



"Para enfrentarmos eleições, nós temos que ter estrutura para podermos nos movimentar", disse o prefeito eleito de Macapá (AP), em entrevista ao "Poder e Política", projeto da Folha e do UOL. "Para termos as mesmas ferramentas [dos adversários], nós podemos aceitar, sim, o financiamento, na atual conjuntura, de empresas e bancos".


Prefeito eleito pelo PSOL em Macapá afirmou que partido deve dispor 'das mesmas ferramentas' de que dispõem os outros partidos para disputar eleições.



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Eleito em Macapá com 101 mil votos, a nova estrela do PSOL venceu um conjunto de forças que incluíam o senador José Sarney (PMDB-AP) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No segundo turno, o PSOL recebeu apoio até de setores do DEM -como o candidato derrotado a prefeito por essa sigla, Davi Alcolumbre.



Clécio não enxerga óbices em apoios recebidos de maneira incondicional, mesmo que venham de partidos que classifica como sendo "de direita". Faz uma ressalva: não há como se aliar ao DEM ou ao PSDB para governar. Mas o PSOL em Macapá aceitará apoio de integrantes de qualquer uma das 30 agremiações políticas existentes.


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