16/07/2012

QUANDO AQUI CHEGUEI.

Quando aqui cheguei era só um garoto de 15 anos, um moleque pacato vindo do interior do Piauí para morar na cidade grande. Lembro-me bem da noite de 06 de setembro de 1994 quando acordei abruptamente espantado com o barulho do motorista que estacionava o ônibus e gritava: Imperatriz! Imperatriz! Quem fica!? Quem fica?!  Abri os olhos lentamente, ajeitei-me na poltrona e ergui a cortina da janela, olhei curioso e vi pela primeira vez o cenário da Rodoviária velha da cidade.

No desembarque aguardava-me Zezinho, amigo da família que meu pai pedira que me buscasse, entramos num Fiat modelo 92 e seguimos pela BR 010 rumo ao bairro Parque Anhanguera onde encontraria minha família já moradora da cidade desde a década de 80.

Eu era apenas um adolescente e Imperatriz uma jovem senhora na flor da idade, a relação foi de amor à primeira vista. Nos primeiros dias meu pai levou-me para conhecer o centro comercial, já bastante movimentado, mas ainda sem o crescimento vertical característico dos grandes centros.  

Lembro-me do primeiro banho na Praia do Cacau, do primeiro dia de aula na escola Edison Lobão; das gincanas escolas da escola Nascimento de Moraes; de meus irmãos fardados indo para a Escola Técnica Amaral Raposo; da construção do novo Amara Raposo; dos programas da TV Capital apresentados por Conor Farias em competições entre escolas; da conturbação política no pós “Revolução” de Janeiro quando Ildon Marques assumia como interventor nomeado pela recém eleita Roseana Sarney.

Recordo-me com saudades dos jogos escolares com abertura no Frei Epifânio; das peladas de futebol no campo do mangal do Parque Anhanguera. Tenho na mente imagens claras da Avenida Beira Rio em fase de construção no governo de Ribamar Fiquene que adorava dar entrevistas utilizando-se de termos eruditos do tipo “exacerbado” “miraculoso”. Guardo na memória a imagem de Davi Alves Silva na TV em horário aparentemente pago falando diretamente ao povo de Imperatriz, a quem dizia ser o  único a dar satisfação, defendendo-se de acusações contra ele, entre elas a de envolvimento no assassinato do prefeito Renato Moreira.

Com o passar do tempo fui percebendo que já não era mais um de fora, que já pertencia a Imperatriz e ela a mim. Ao longo de quase duas décadas construí a identidade que me faz apaixonado mais e mais a cada dia, a de ser IMPERATRIZENSE.

Nesses 160 anos, deixo meus parabéns e minha declaração de amor pelo melhor lugar do mundo pra se viver!!

PARABÉNS IMPERATRIZ!

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