26/12/2011

Esse quer aparecer: Deputado quer transferir capital de São Luís para Grajaú


O projeto será apresentado em 2012 e promete gerar muita discussão no Maranhão.


Foto: Divulgaçãoampliar

Deputado quer transferir capital de São Luís para Grajaú
SÃO LUÍS - Natural de Nova Xavantina (MT) e eleito pela região de Imperatriz onde mora há 22 anos, o deputado Doutor Pádua (PSD) promete apresentar em 2012 um projeto que vai gerar muita discussão no Maranhão.
Ele quer transferir a capital de São Luís para Grajaú, região Central do Estado. O parlamentar diz que se inspirou no ex-presidente Juscelino Kubistchek, que mudou a capital do país do Rio de Janeiro para Brasília.
“Não sou muito a favor desses projetos que desintegram o Maranhão. Acho que temos de melhorar nosso interior. Como São Luís vai crescer independente de ser capital ou não, estou pensando que nem Juscelino Kubistchek. Nossa perspectiva é que essa mudança dinamize a economia do estado”, pregou Doutor Pádua.
O deputado admite que sua ideia surgiu após a derrota do plebiscito que queria criar mais dois estados a partir do Pará: Tapajós e Carajás. Políticos do sul do Maranhão sonham em transformar aquela região em uma nova unidade federativa do país.
Doutor Pádua disse ainda não saber quanto uma mudança desse porte custaria aos cofres públicos. No entanto, diz que seria muito menor que a criação de um novo estado.
“Não vai deixar de ter custos, mas gastaria muito menos que um novo estado. Não teríamos em Grajaú uma nova Assembleia, por exemplo, mas apenas os setores administrativos”, explicou.
Ele disse que a mudança se faz necessária porque, apesar do esforço dos governadores, “o interior está abandonado e até os gestores não conhecem direito os secretários”.
O parlamentar contou ter convivido com a experiência da divisão de sua terra natal. “Com a criação do Mato Grosso do Sul, o Mato Grosso hoje é outro. É um estado sui generis porque até o governador (Sinval Barbosa, do PMDB) é natural de Borrazópolis (PR)”, concluiu.

 Veja o que diz o petista, advogado e funcionário da Eletronorte em Imperatriz Wellington Araújo Diniz
Ao assumir que sua idéia surgiu depois da derrota do plebiscito da divisão do Pará e que não tem um mês, o nobre deputado demonstra uma fragilidade em suas idéias e propostas, acha que basta sonhar e em um passe de mágica tudo se realizará, notadamente que na conta do contribuinte. Nota-se também que existe um pedido de desculpas incutido quando segundo a reportagem, ele mesmo diz que não é favorável a projetos que “desintegram” o Maranhão, ou seja, nada de Maranhão do Sul.

Acho que nosso deputado está fazendo uma confusão conceitual no nosso sistema federativo, que é centrífugo e partir daí ele acha que transferindo a administração do estado para o centro do nosso estado assim emanarão melhor as ações do governo. Sou contrário a essa idéia, pelo simples fato de que não precisamos mudar da capital de lugar para levar as ações do estado e sim elegermos melhor nossos representantes, para que eles lutem em prol de suas bases eleitorais na busca de melhor condição de vida e dignidade para todos e todas.

Imperatriz e região não precisam de um prêmio de consolação, precisam na verdade desenvolver uma estratégia para mostrar a viabilidade do Maranhão do Sul, precisa aprender com os erros no Pará, precisa de uma base política confiável e que não mude de idéia ao sabor dos ventos de nossa capital. Aquele povo do Maranhão do Sul quando elege deputados da região, em sua grande maioria, o faz acalentando o sonho da criação do Maranhão do Sul, não se deve desistir do objetivo sem lutar.
O Maranhão do Sul não precisa de deputados assim!



Um comentário:

  1. Anônimo21:13

    Não vejo nada de aparecimento na proposta...pelo contrario distribuindo as secretarias e outros orgãos do governo para o interior do Estado, descentrenlizando assim o poder administrativo, só melhora o atendimento aos maranhenses que ficam mais distantes de São Luis,pois assim dava folego de vida ao povo em buscar seus direitos. Ah! quem dera que essa idéia fosse realmente difundida e apresentada com mais veemencia e entendida pela cupula do poder e assim acontecesse com certeza ficaria sim muito melhor.
    Profa Ana

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