09/10/2011

SEGUE A PASMACEIRA NA CULTURA DE IMPERATRIZ

Por Carlos Leen Santiago


Meu nome é Carlos Leen Santiago. Tenho 32 anos. Tive minha primeira banda de rock aos 15 e de lá para cá perdi a conta de quantas participei. Me formei em História e trabalho como professor da área na Faculdade Santa Terezinha.

Escrevo quase diariamente neste blog há cerca de 5 anos. São mais de meio milhão de acessos com postagens sobre História, Literatura, Cinema, Politica etc. Já entrevistei renomes das artes e da politica. Figuras nacionais e regionais.

Inicio com esta breve autobiografia para legitimar um pouco melhor o que vou dizer sobre a esfera cultural : No período de 2000 a 2004 (na época com Gilberto Freire de Santana a frente da Fundação) pode se dizer que esta minimamente funcionou.

Tínhamos editais, projetos, festivais, auxílio a produção etc. Livros foram publicados, CDs gravados, vídeos editados enfim uma série de trabalhos e nuances que dava pra teimar em dizer que existiam politicas públicas minimas para o acesso e fruição aos bens culturais.

Infelizmente os últimos oito anos podem ser considerados como perdidos no que tange a estas politicas. A gestão do senhor Erasmo Dibeal (2004-2008) foi, nas palavras dele mesmo, “pífia”. Vejam aqui no link da entrevista.

Em quase nada avançamos desde então. Em 2008 com a mudança de governo entra a nova equipe comandada pelo empresário Antônio Lucena com renomes da cultura local como Zeca Tocantins e Zé Geraldo, além de quadros técnicos formados como o jornalista Antônio Fabrício e a poetisa e atriz Lília Diniz. Esta ultima se afastaria pouco tempo depois meio que pressentindo a barca furada em que estava entrando.

O que era uma boa promessa de trabalho, pesquisa e atuação até agora só emitiu sinais de decepção e fraca agilidade. Todas as pautas do movimento cultural foram esquecidas ou perdidas, sem conselhos, sem sistema municipal de cultura, sem fundo e consequentemente sem museus, centro culturais, bibliotecas decentes etc. Sobra violência, ociosidade e falta de apoio ao turismo e a economia local.

Só pra citar dois belos exemplos de cidades que vivem da cultura: a grande São Paulo e a pequena cidade interiorana de Parati no RJ. Em ambas a cultura move a economia, agricultura, educação e até a saúde. Ganha-se em tudo por lá. Em Imperatriz temos mal a banda da cidade.

Esse “ajuntamento de ineficientes” da cultura tem que ser mudado. Não dá mais pra termos “come-dormes” a frente de uma instituição importante como a Fundação Cultural de Imperatriz. Já é mais do que hora de irmos a luta e reivindicar mudanças ainda mais que 2012 esta se aproximando.

Um ultimo elemento para constar nesta breve reflexão: Sou imperatrizense, nascido e criado bebendo da água do Rio Tocantins. Eu e mais algumas dezenas de companheiros (as) do Fórum Permanente de Cultura, artistas, estudantes, empresários, profissionais ou não da cultura estamos marcando uma nova audiência pública na câmara de vereadores para debater e encontrar saídas para a questão. Não podem calar nossa voz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique à vontade e seja bem vindo ao debate!