01/10/2011

Os piores prefeitos de Imperatriz:Davi,Salvador e Ildon Marques

Do blog O Maior do Mundo
Jornal O Pequeno 26 de Agosto de 2006

Imperatriz abriga em sua história uma extensa lista de políticos que caracterizaram suas ações pelo desprezo sistemático aos valores éticos. Desses, dois se destacaram: Davi Alves Silva e Salvador Rodrigues de Almeida.


O primeiro foi prefeito e deputado federal. Morreu assassinado em 23 de setembro de 1998, atingido no peito por um tiro disparado por seu ex-cunhado, Abraão Ribeiro Silva, que depois, segundo a versão que prevaleceu, cometeu suicídio. Salvador Rodrigues, do grupo político de Davi, foi apontado como um dos mandantes do assassinato do prefeito Renato Cortez Moreira, em 6 de outubro de 1993, de quem era vice. Chegou a ser preso e algemado, mas arrumou um jeito de responder ao processo em liberdade, assumindo a Prefeitura em 1994, até ser “deposto” pelo povo imperatrizense, em 1995.


Davi Alves Silva talvez tenha sido o político mais polêmico que Imperatriz já teve. Pistoleiro temido nos tempos em que era conhecido como “Manoel Goiano”, transformou-se num político sagaz, que sabia usar e ser usado, e principalmente acreditava na máxima de que todo homem (ou mulher) tem seu preço.
Quando no poder (1989 a 1992), Davi Alves Silva usou, de forma ostensiva, a merenda escolar e o dinheiro público para comprar dos pobres e ignorantes, os votos de que necessitava para eleger seu sucessor e se manter no poder. Ficou conhecido como “o homem das sacolinhas”, pois separava os produtos da merenda escolar em “sacolinhas” de 3 kg e mandava homens de sua confiança distribuí-las nos bairros carentes de Imperatriz.


Na gestão de Davi, também era notório o desvio de alimentos da merenda para o “Mercadão do Povo”, de propriedade do prefeito e de seu secretário de Abastecimento, Damião Benício dos Santos (que também seria acusado de envolvimento na morte do prefeito Renato Moreira).
Davi, porém, não foi nenhum “pioneiro” na arte de atropelar a lei e a ética para atingir fins eleitoreiros. Seu antecessor, José de Ribamar Fiquene (ligado ao grupo Sarney), por exemplo, nunca soube explicar onde foi parar o dinheiro para a construção de mil casas populares, recebido por meio de convênio celebrado no final da década de 80 com a então Secretaria Especial de Ação Comunitária da Presidência da República.


Segundo escreveu o já falecido jornalista Gilmário Café na época, as contas de Fiquene só foram aprovadas depois que este telefonou a Davi Alves Silva (seu adversário político) pedindo “arrego”. O atual prefeito Ildon Marques de Souza foi um dos colaboradores de Davi. Como secretário de Administração do ex-pistoleiro, Ildon apoiou a distribuição das “sacolinhas” e chegou a lançar a candidatura de Davi ao governo estadual: “Coragem ele [Davi] tem para dar, emprestar e distribuir para número significativo de pessoas que estão necessitadas. Dependendo da conjuntura, o prefeito pode postular o Palácio dos Leões”, declarou, à época, Ildon. Davi não chegou ao Leões, mas com seu eficiente sistema das “sacolinhas” ajudou a eleger Roseana Sarney governadora em 1994.


A curta passagem de Salvador Rodrigues pela Prefeitura de Imperatriz ficou marcada como uma das gestões mais desastrosas da cidade.
Dizia-se que Salvador não conseguia fazer nada porque o “capo” Davi Alves Silva “limpava” a conta da Prefeitura todos os meses, retirando, pessoalmente, do Banco do Estado do Maranhão (BEM), todo o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios.
Salvador Rodrigues foi “defenestrado” da Prefeitura pela população, organizada no “Fórum da Sociedade Civil de Imperatriz”, que realizou a “Revolução de Janeiro de 1995” e botou o prefeito inerte para correr.

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