19/10/2010

Professores paralisam curso de formação por falta de condições básicas.

Movimento de professores do Estado decide em assembleia paralisar um curso de formação que o governo realiza na escola Dorgival Pinheiro de Sousa desde segunda-feira. A descaso com que os professores são tratados pelo governo nos fez passar todo o dia de hoje, terça, discutindo, fazendo questionamentos e mobilizando a categoria para não continuar se submetendo a essa situação aviltante.

O DESCASO

Pra se ter uma ideia, vou elencar algumas condições que motivaram o movimento:

1. O curso está sendo realizado com 800 educadores nas escolas Dorgival Pinheiro de Sousa e Graça Aranha, ou seja, salas com mais de 40 professores, num calor infernal e banheiros imundos;

2. Os professores formadores, quase todos vindos de São Luís, trabalhando sem material didático, tendo que tirar xerox do próprio bolso para disponibilizar cópias aos "formandos" e muitos tendo que se virar pra arrumar Data Show ou mesmo trabalhar improvisadamente só com o quadro branco;

3. Os alunos que vêm de outros municípios da região tiveram que tirar do próprio bolso os custos com passagens, se alimentando com comida estragada e como lanche um copinho de refrigerante de terceira, o chamado espoca buxo, um pão de queijo ou se preferir uma banda de salgado, sendo que a empresa contratada explicou que recebeu apenas R$ 1,50 por pessoa para o lanche;

4. Os colegas que vêm de fora, denunciam que além de pagar suas passagens, foram hospedados em um hotel que lhes faltava até água;

5. Os custos para o evento foram viabilizados por verbas federal e segundo um dos coordenadores do evento, estão sendo gastos a bagatela dois milhões e meio de reais com o curso que está acontecendo ao mesmo tempo em todo o Estado.

AGOSTINHO NOLETO

O diretor regional de educação, o advogado Agostinho Noleto, cada dia se desgasta mais com os professores, outro dia chamou a todos de irresponsáveis e hoje, chegou no meio da assembleia tentando se impor demonstrando forte arrogância e despreparo partindo pra cima do presidente do Sinproesemma, professor Nonato sendo em seguida vaiado pela multidão de educadores que gritavam: Fora!! fora!!.

Como é praxe dos governos oligárquicos, o diretor chamou a polícia que posicionou uma viatura e homens armados, na saída da escola, prontos para agir diante da ordem superior, lembrando bem o Coronel Ventura que mandou bater em professores exatamente na escola Dorgival ainda no governo de Edison Lobão;

Depois de tudo Agostinho chamou o sindicato e uma comissão de professores pra conversar e tentar reverter o quadro, agora bem mais humilde. na sua fala jogou a culpa na Secretaria de Educação, leia-se: Anselmo Raposo, que segundo ele realizou o evento sem participação da Diretoria Regional de Imperatriz que ficou de mãos atadas diante dos problemas. O certo é que não se mostrou capaz de resolver nada a tempo, permanecendo dessa forma a decisão pelo abandono do curso e a volta dos professores pra sala de aula.

7 comentários:

  1. Carlos gosto muito de seu blog, conserta duas palavras postada por favor, "inresponsável" correto "irresponsável" o título que está Presfessores, estava lá na hora da decisão, mas o que ficou mesmo acertado, não fiquei até o final da reunião com a URE. Manda recado no meu blog, http://magnoliasousa2009.blogspot.com
    Um abraço carinhoso..

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  2. Eu tive que tirar cópia do material, uma vergonha. Esse curso improvisado foi articulado para justificar a soma gigantesca de recurso "perdido".
    Fora filé de merluza!!!!

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  3. PAULO MACIEL00:05

    E terrível!!! formação continuada é um dos maiores desafios da atualidade para educadores e é tratada dessa forma, sem compromisso... e pior, afrontando a categoria de forma humilhante... onde vamos parar...??!!

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  4. Obrigado professora, realmente dois erros graves, mas tenho consciência de que foi fruto da correria com que escrevi o texto,logo depois da reunião, realmente faltou correção. São palavras que não erro normalmente, mas tenho humildade e respeito pelos meus leitores pra reconhecer a falha.

    Após jogar toda responsabilidade pra URE, a professora Vilma e o diretor Agostinho se comprometeram em falar com a empresa responsável e tentar melhorar as condições.

    Como o movimento percebeu que não há tempo hábil pra isso, já que o curso termina na quinta e não existe, como disseram os representantes, nenhuma autonomia da regional nessa questão, decidiu-se por continuarmos parados.

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  5. Isnante, relmente, perdido pro povo...o que corre nos corredores do Dorgival é que isso é lavagem de dinheiro. Forma de justificar para governo federal um recurso que "não se sabe" pra onde foi.

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  6. Maciel, temos que nos preparar para combater pelos próximos 4 anos, essa é a forma deles trabalharem.

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  7. Carlos me referir ao "erro" apenas para não constar que um professor possar escrever incorreto, mas sei que às vezes na correria a tecla pode não funcionar como queremos, e se o Profº Isnande não ficou até o final da reunião com o Senhor Secretário Anselmo Raposo, esse curso está custando uma bagatela de 2.300 milhões, isso para a empresa, bem que hoje até as carteiras empilhadas no pátio foram retiradas, sem contar do lanche, rsrsr e ainda mais o recurso oriundo do MEC, segundo o Secretário foi de 6 milhões de reais, mas vamos a luta, temos ainda 4 anos pra vencer a batalha.

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