Anselmo Raposo, dispensa de licitação e as forças ocultas.

Incrível a rapidez com que Anselmo Raposo colocou suas asas de fora. Até que avisei, talvez tenha surpreendido um pouco pela rapidez com que entrou no jogo, e de quebra usando o PT novamente, agora como subterfúgio para justificar, se é que é possível, uma lambança milionária em pleno processo eleitoral.

O que o Maranhão precisa ter clareza é que Raposo nunca foi PT de verdade, e que os parceiros dessa nova jogada são os mesmos dos tempos de Uema, época em que os “companheiros” já eram os sarneyzistas Waldir Maranhão e César Pires e que Raposo tinha vergonha de se relacionar com os “baderneiros petistas”, como se referia o grupo.

A dispensa de licitação de 17,3 milhões em pleno processo eleitoral por si só já é suspeito, partindo então de um instituto de 12 mil reais, Imecap ( Instituto Maranhense de Educação Continuada e Planejamento) e da aparente pressa em facilitar a liberação de gordas parcelas, nos faz suspeitar ou lembrar das velhas práticas de desvios de verbas via Fundações fajutas.

A novidade

O que não foi dito em nenhum blog ou jornal, é que a sede do pobre Instituto, de patrimônio apenas de R$ 12 mil, fica localizado num dos mais luxuosos edifícios do bairro Renascença em São Luís, com um dos alugueis mais caros da Ilha, e que divide a sala com o ISEC ( Instituto Superior de Educação Continuada). Até aí nada demais, o problema é que o ISEC é o mesmo instituto parceiro do governo do Estado, que presta serviço à Uema, sendo o in responsável pelo Programa Darcy Ribeiro, onde sou professor e só recebo atrasado, e que é ligado à Sectec (Secretaria de Ciência e Tecnologia). É aqui que mora a questão.

Todo mundo sabe que a Sectec, esteve até pouco tempo sob o comando direto do deputado Waldir Maranhão, que ao se desincompatibilizar para ser candidato à reeleição deixou no comando seu chefe de gabinete Lauro Assunção. No meio acadêmico Anselmo Raposo sempre foi considerado pupilo de Waldir Maranhão, digo isso como quem coordenou o DCE da UEMA de Imperatriz à época, conhece o suficiente dos bastidores uemianos para saber que o uso de Fundações como meio de operações ocultas sempre foi lugar comum entre os que surrupiaram aquela instituição para fins pessoais.

Será que foram mesmos os petistas que pressionaram o Secretário de Educação a lavar as mãos, ou será que as velhas relações uemianas estão por trás dessa dispensa imoral?
Jogar tudo pra o PT é fácil, já conseguiu o que queria mesmo.

É momento de pedir ação do Ministério Público com as Promotorias das Fundações, órgão responsável por emitir certidões negativas a estas instituições. É muito dinheiro público, cujo destino precisa ser público. Anselmo precisa explicar que forças externas realmente foram estas.