GOVERNO AUTORITÁRIO

Eu posso, eu mando. Foi assim que o governo municipal agiu para aumentar em mais de 100% o valor do abate no matadouro municipal. Os marchantes protestaram, juntamente com o vereador Chagão. Mas necas de pitiriba pra eles. Na sessão de terça-feira, 23 de junho, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei elevando de R$ 14,00 para R$ 30,00 o valor do abate.

Essa novela começou no famoso episódio da reunião realizada no matadouro e mostrada na Mirante. Na ocasião Madeira foi pra cima dos marchantes, devido à resistência destes em aceitar o aumento que o prefeito queria impor. Foi quando um deles falou ao prefeito que este não era dono da cidade. Houve choque também entre o chefe do executivo e o vereador Chagão, que se posicionou contra o preço hiper-inflacionado.

Mas não teve jeito. Logo em seguida começaram a aparecer nos jornais locais matérias feitas pela assessoria de comunicação da prefeitura que faziam verdadeiras campanhas em busca da adesão do povo para o aumento da taxa de abate. Essas mesmas matérias alfinetavam os marchantes e o vereador Chagão por discordarem dessa decisão.

O certo é que de forma arbitrária o governo Madeira tratorou os marchantes, assim como foi arrogante com os funcionários da Receita Municipal e os Enfermeiros.

Por outro lado, verificamos a finalidade da ânsia pela arrecadação de verba. De acordo com informações do blog de João Rodrigues, a prefeitura acaba de liberar três milhões de reais para área de publicidade. Antes disso, para privilegiar os seus, o prefeito aumentou em 50% (de 6 para 9 mil reais) o salário dos secretários, além do mesmo percentual de aumento no salário de secretários adjuntos, enquanto os trabalhadores da saúde, com salário minguado, tiveram 5% de reajuste; os trabalhadores da Sutran, 6% de aumento; e os professores também tiveram aumento mínimo.

Na contramão dessa linha dura, o prefeito, no entanto, não se mostra determinado para resolver os problemas da cidade, nem para apurar as denúncias de irregularidades que surgem dentro do próprio governo. Veja o caso Kelly, que saiu falando de 60 funcionários fantasmas na SEDES, além de outros atos ilícitos.

Como se vê, esse governo está construindo como marca o privilégio e o favorecimento aos ricos locais, o autoritarismo contra quem ouse discordar dos seus atos ou não aceite as imposições, além do tratamento arrogante com os trabalhadores públicos municipais e o povo humilde.